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Polícia Brasil
Quarta - 15 de Fevereiro de 2012 às 07:42

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Suspeitos de terem participado do movimento liderado pela Associação de Praças, Bombeiros e de seus Familiares (Aspra) que resultou em 12 dias da greve da Polícia Militar baiana, dez PMs, entre eles o cabo do Rio Grande do Norte Jeoás Nascimento, foram presos entre segunda-feira e a manhã de terça (14). Assim, sobe para 15 o número de PMs detidos em decorrência da greve, a exemplo do dirigente da Aspra, o ex-PM Marco Prisco, isolado em uma cela individual da Cadeia Pública, no Complexo Penitenciário da Mata Escura.

De acordo com o capitão Marcelo Pitta, do Departamento de Comunicação Social da PM, nove soldados tiveram mandados de prisão expedidos pelo magistrado da Auditoria da Justiça Militar, juiz Carlos Alberto Santos de Oliveira. Em Ilhéus, no sul da Bahia, foram presos Fábio Alves de Oliveira, Flávio Rogério de Souza Santos, Fábio Lima Dourado, Jailson Eça Brito, Robson Francisco Santana e Valquer Cerqueira Pereira.

Em Feira de Santana, Alexandre Gabriel Carvalho e Aretuza Pereira dos Santos estão detidos, além de Gilvan Souza Santana, lotado no município de Jequié. Todos os nove presos estão à disposição da Justiça na Coordenadoria de Custódia Provisória da PM, em Lauro de Freitas.

A greve
A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro, quando os grevistas acamparam em frente à Assembleia Legislativa em Salvador e posteriormente ocuparam o prédio. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência na capital e região metropolitana, dobrando o número de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de provocar o cancelamento de shows e eventos, a ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.

A paralisação, que terminou 12 dias depois, servia para reivindicar a criação de um plano de carreira para a categoria, além do pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.

O Executivo estadual solicitou o apoio do governo federal para reforçar a segurança. Cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. Dois dias após o início da greve, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando sua ilegalidade e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspendesse o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos, sendo que quatro foram cumpridos.

Em 9 de fevereiro, Marco Prisco, um dos líderes do movimento grevista, foi um dos presos, após a desocupação do prédio da Assembleia. A decisão ocorreu um dia depois da divulgação de gravações telefônicas que mostravam chefes da paralisação planejando ações de vandalismo na capital baiana. Um dos trechos mostrava Prisco ordenando a um homem que ele bloqueasse uma rodovia federal.






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