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Campanha Nacional do Desarmamento não recolhe armas em número suficiente e só tira as armas de pessoas de bem
O Ministério da Justiça anunciou anteontem (27) a renovação da Campanha Nacional do Desarmamento, que deveria se encerrar no fim deste ano. Este ano 36.834 armas foram entregues. Mas, considerando-se que há 16 milhões de armas em circulação no país, percebe-se que o alcance da campanha foi pífio – e não mudará as estatísticas da criminalidade, haja vista que a maior parte das armas entregues estava nas mãos de pessoas sem a menor intenção de cometer crimes.
Ademais, as estatísticas do próprio Ministério da Justiça mostram que o problema não são as armas legais, entregues voluntariamente por pessoas de bem – e sim as armas ilegais, que estão nas mãos de criminosos. Há cerca de oito milhões de armas ilegais no Brasil, que estão nas mãos de bandidos e não serão entregues voluntariamente. E precisamente essas são as responsáveis pela maioria esmagadora das 34 mil mortes causadas anualmente por armas de fogo.
A associação civil sem fins lucrativos Movimento Viva Brasil é totalmente contra a campanha governamental. Segundo a ong, a campanha não age no verdadeiro foco do problema, que é o abastecimento de criminosos com armas e munições, mas joga sobre o cidadão honesto a responsabilidade que não lhes cabem. Desta forma, não contribui em nada para a redução da criminalidade, e nem traz mais segurança para a população, pelo contrário.
De acordo com um estudo recente da ONU (Global Study On Homicide), não há como se estabelecer cientificamente uma relação entre a quantidade de armas em circulação e as taxas de homicídio, sendo possível, inclusive, que esta correlação se opere de forma inversamente proporcional – ou seja: nos países onde há mais armas legais em circulação, menores são os índices de homicídio.
Segundo o pesquisador em segurança pública Fabrício Rebelo, que coordena a ONG Movimento Viva Brasil na Região Nordeste, o Mapa da Violência 2011, divulgado em fevereiro pelo governo federal, já havia deixado claro que a relação entre a quantidade de armas em circulação e a de assassinatos é imprópria, pois a região do país campeã em tais crimes é a mesma onde há menos armas: o Nordeste.
Para o Viva Brasil, essas campanhas de desarmamento organizadas pelo Governo Federal são fundamentadas em questões subjetivas, pois manipulam números e visam somente ao convencimento do cidadão honesto em abrir mão de um direito individual garantido por lei.
Além disso, o Viva Brasil questiona o estatuto do desarmamento. Segundo o movimento, ele contraria a soberania popular e agride o exercício de opção individual de possuir ou não uma arma de fogo legalmente. Além disso, impõe custos e trâmites burocráticos capazes de tornar a compra de uma arma de fogo praticamente impossível, sobretudo para a parcela da população menos favorecida economicamente. No entanto, a associação ressalta que não está incentivando a população a se armar, mas defendendo o direito de escolha de cada um.
Paulo (nome fictício), de 48 anos, diz que possuía três armas diferentes em casa, sendo uma para defesa própria e outras duas de coleção, pois têm um grande valor sentimental para ele. A que utiliza para sua proteção, Paulo preferiu entregar à polícia em outubro, pois tem medo de ser confundido com um criminoso.
“Entreguei uma, porque a polícia não pergunta antes de fazer, já chega agindo, e se achar a arma vai pensar que sou bandido. Mas as outras duas são muito importantes pra mim, ganhei do meu avô, mas ta estão sem munição”, diz. Segundo ele, a arma que entregou foi comprada pensando na segurança de sua família, pois sua casa já foi assaltada mais de uma vez.
Ademais, as estatísticas do próprio Ministério da Justiça mostram que o problema não são as armas legais, entregues voluntariamente por pessoas de bem – e sim as armas ilegais, que estão nas mãos de criminosos. Há cerca de oito milhões de armas ilegais no Brasil, que estão nas mãos de bandidos e não serão entregues voluntariamente. E precisamente essas são as responsáveis pela maioria esmagadora das 34 mil mortes causadas anualmente por armas de fogo.
A associação civil sem fins lucrativos Movimento Viva Brasil é totalmente contra a campanha governamental. Segundo a ong, a campanha não age no verdadeiro foco do problema, que é o abastecimento de criminosos com armas e munições, mas joga sobre o cidadão honesto a responsabilidade que não lhes cabem. Desta forma, não contribui em nada para a redução da criminalidade, e nem traz mais segurança para a população, pelo contrário.
De acordo com um estudo recente da ONU (Global Study On Homicide), não há como se estabelecer cientificamente uma relação entre a quantidade de armas em circulação e as taxas de homicídio, sendo possível, inclusive, que esta correlação se opere de forma inversamente proporcional – ou seja: nos países onde há mais armas legais em circulação, menores são os índices de homicídio.
Segundo o pesquisador em segurança pública Fabrício Rebelo, que coordena a ONG Movimento Viva Brasil na Região Nordeste, o Mapa da Violência 2011, divulgado em fevereiro pelo governo federal, já havia deixado claro que a relação entre a quantidade de armas em circulação e a de assassinatos é imprópria, pois a região do país campeã em tais crimes é a mesma onde há menos armas: o Nordeste.
Para o Viva Brasil, essas campanhas de desarmamento organizadas pelo Governo Federal são fundamentadas em questões subjetivas, pois manipulam números e visam somente ao convencimento do cidadão honesto em abrir mão de um direito individual garantido por lei.
Além disso, o Viva Brasil questiona o estatuto do desarmamento. Segundo o movimento, ele contraria a soberania popular e agride o exercício de opção individual de possuir ou não uma arma de fogo legalmente. Além disso, impõe custos e trâmites burocráticos capazes de tornar a compra de uma arma de fogo praticamente impossível, sobretudo para a parcela da população menos favorecida economicamente. No entanto, a associação ressalta que não está incentivando a população a se armar, mas defendendo o direito de escolha de cada um.
Paulo (nome fictício), de 48 anos, diz que possuía três armas diferentes em casa, sendo uma para defesa própria e outras duas de coleção, pois têm um grande valor sentimental para ele. A que utiliza para sua proteção, Paulo preferiu entregar à polícia em outubro, pois tem medo de ser confundido com um criminoso.
“Entreguei uma, porque a polícia não pergunta antes de fazer, já chega agindo, e se achar a arma vai pensar que sou bandido. Mas as outras duas são muito importantes pra mim, ganhei do meu avô, mas ta estão sem munição”, diz. Segundo ele, a arma que entregou foi comprada pensando na segurança de sua família, pois sua casa já foi assaltada mais de uma vez.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/63782/visualizar/
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