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Sexta - 18 de Outubro de 2013 às 21:17

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Reprodução/Facebook
Elinéia Lima Bezerra Pastrello é prima do presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima e é investigada sob acusação de usar documento falso de Medicina

Uma das pessoas investigadas pela Polícia Federal (PF), em Cuiabá na Operação Esculápio, deflagrada para desbaratar um esquema de uso de diplomas e documentos falsos de medicina é Elinéia Lima Bezerra Pastrello, moradora do edifício Serra Azul, no bairro Consil. Ela se identifica como médica e fisioterapeuta e é prima do vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), presidente da Câmara Municipal de Cuiabá. O apartamento dela, no 2º andar do prédio, foi um dos locais onde a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (18).

No total, foram cumpridos em Mato Grosso 3 mandados de busca, sendo 2 em Cuiabá e 1 no município de Tangará da Serra (239 Km a médio-norte de Cuiabá). Na casa de Elinéia, foram 4 policiais federais que entraram por volta das 6h para cumprir a ordem de busca e apreensão e ficaram por um certo tempo. Nesse período ela foi chamado um advogado da família para acompanhar o desfecho do caso.

Ela não foi levada junto com os agentes, pois não tinham mandado de prisão e nem de condução coercitiva. Mas foi intimada e deverá ser ouvida no caso posteriormente. Informações apuradas pelo GD junto a moradores do prédio, os policiais federais encontram um diploma na casa dela, que foi levado, sob suspeita de ser falsificado.

Aos vizinhos, a mulher dizia que era médica mas não exercia a profissão porque em Mato Grosso é muito difícil aceitarem profissionais que estudaram Medicina na Bolívia. Há informações de que recentemente ela teria tentado fazer inscrições para trabalhar na rede pública de Saúde, no programa Mais Médico, do governo federal. Mas não conseguiu.

E desde então, passou a ser investigada, sob suspeita de estar usando diploma falsificado. Isso porque na checagem de documentos não foi possível confirmar nas instituições de ensino bolivianas se ela tinha cursado Medicina na Bolívia. Nada apontava ela como formada em Medicina no país vizinho.

Agora será investigada pela Polícia Federal qual o origem do diploma e como ela o conseguiu. O delegado do caso, Guilherme Torres, destaca que todos deverão ser indiciados por uso de documento ideologicamente falso, que prevê pena de 1 a 5 anos de prisão. Os documentos usados nos diplomas eram originais, oriundos de instituições bolivianas, contudo, parte dos beneficiados, nunca cursaram Medicina, enquanto outros começaram a cursar, mas não concluíram. Entre os alvos da operação estão 3 bolivianos que trabalhavam em 3 universidades da Bolívia. Os outros 38 investigados são brasileiros.

Operação:

A Operação Esculápio foi deflagrada nesta sexta-feira em Mato Grosso e outros 13 estados contra esquema de uso de diplomas e documentos falsos de medicina com objetivo de cumprir 41 mandados de busca e apreensão contra pessoas envolvidas no esquema. De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram após denúncia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que identificou 41 pessoas de instituições da Bolívia que nunca foram alunos do curso de Medicina, tampouco concluíram o curso. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso.






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