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Sábado - 19 de Novembro de 2011 às 10:17

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MidiaMax/Polícia Civil
Daniel e Mayon, ao serem presos pela PRF/MS; no destaque, Damião, que os contratou para o crime
Daniel e Mayon, ao serem presos pela PRF/MS; no destaque, Damião, que os contratou para o crime

A Polícia Civil não descarta a possibilidade de que o comerciante Damião Rezende, 33, que simulou um assalto para mandar matar a própria mulher, a comerciante Ângela Cristina Peixoto dos Santos, 32, esteja envolvido também com o tráfico de drogas.

A suspeita passou ser considerada a partir do momento em que as investigações concluíram que Damião contratou elementos - Maycon José Cardoso Nogueira, 23, e Daniel Ferreira Parreira, 22 - envolvidos diretamente com a compra e venda de cocaína na Grande Cuiabá.

Ângela foi assassinada com 17 facadas, durante uma simulação de assalto ocorrido na residência no casal, no Jardim Presidente, em Cuiabá, na madrugada de terça-feira (15).

Damião foi preso pela Polícia Civil, em Cuiabá, na noite do dia seguinte ao assassinato, após o sepultamento da esposa, no Cemitério Bom Jesus, no Parque Cuiabá. Ele foi apontado como mandante.

Maycon e Daniel, apontados como autores do assassinato, foram presos quando viajavam para a Bolívia, conforme revelaram em depoimento à Polícia Civil, para buscar um carregamento de cocaína, pela fronteira com Mato Grosso do Sul.

No entendimento de policiais envolvidos com a investigação desse crime, Damião sabia que a picape S10, que ele ofereceu como parte pagamento da morte da esposa, seria levada para a Bolívia e trocada por 15 quilos de cocaína.

Droga "batizada"

A Polícia também acredita que o laboratório de refino de cocaína, localizado na casa de Maykon, no bairro Grande Terceiro, não seja uma "mera coincidência". Seria parte do esquema de preparo e distribuição da droga para abastecer as “bocas-de-fumo” da Grande Cuiabá, no qual os três envolvidos no assassinato teriam participação direta.

Maykon teria ido buscar mais entorpecente para atender a outros traficantes que encomendariam a droga "batizada".

Na casa do Grande Terceiro, foram apreendidos 15 quilos de cocaína e muitos produtos e equipamentos usados para o refino do entorpecente. A droga ainda seria preparada para a distribuição.

Para o chefe de Operações da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA), agentel Luciano Testa, as evidências da ligação dos três com o tráfico de drogas são cada vez mais fortes. “Oficialmente, somente Maykon tem ligação com o tráfico. Por enquanto”, observou.

A prisão

Na quinta-feira (17), Daniel Ferreira e Maycon foram apresentados à imprensa de Mato Grosso do Sul, na Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Seqüestros (Garras), da Polícia Civil.

Eles foram presos pela Polícia Rodoviária Federal, na BR-262, próximo ao município de Miranda, na quarta-feira (16), após serem abordados em uma fiscalização de rotina.

Segundo o inspetor chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF, José Ramão Mariano Filho, os dois foram abordados durante fiscalização da Operação Sentinela e ficaram muito nervosos com a ação.

Diante disso, os policiais foram checar se a documentação do veículo que eles conduziam estava regular.

O inspetor informou que, antes mesmo da checagem, os dois confessaram que o veículo tinha sido recebido como forma de pagamento por terem matado Ângela, a mando de Damião Rezende.

À PRF, os dois bandidos revelaram que viajaram para Mato Grosso do Sul para "despistar" a Polícia de Mato Grosso, mas não não sabiam que a Operação Sentinela também estava sendo realizada naquele estado.

O inspetor também informou que Maycon já teria morado em Corumbá e conhecia muito bem os "esquemas" da região. Por isso, teria optado por viajar à Bolivia, onde venderia a caminhonete, e não para o Paraguai.

"Só dez facadas"

À Polícia de Mato Grosso do Sul, Maycon e Daniel confessaram que Damião os contratou, na verdade, por R$ 15 mil e mais o que conseguissem roubar da residência, além da caminhonete S10.

Entretanto, eles não teriam recebido nenhum dinheiro e teriam ficado apenas com os objetos (três relógios de pulso, sete pares de tênis, jóias, três TVs LCD, um notebook, um netbook e celulares) e o carro.

Daniel ainda disse que eles deram "apenas" 10 facadas e que as outras sete devem ter sido dadas pelo marido de Ângela. Segundo ele, o marido estava escondido na casa, observando a mulher ser morta.

Ele confessou que segurou a vítima para que Maycon a matasse.

Com informações do site MidiaMax






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