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Politica MT
Sexta - 21 de Outubro de 2011 às 19:59
Por: Vania Costa

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De maneira contundente, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), disse durante Audiência Pública, realizada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, que o governo boliviano está patrocinando com a Lei n° 133 a violência, narcotráfico e o prejuízo a vida dos mato-grossenses, tendo em vista que, a lei sofre reedições há oito anos. O deputado reclamou a omissão do governo brasileiro e apresentou um requerimento pedindo que o Brasil faça um acordo por escrito com o governo boliviano garantindo que eles não editem mais a lei que legaliza os carros irregulares, já que vem sendo editada desde o ano de 1993. Emanuel ainda pediu que o Ministério da Justiça passe a lista oficial dos carros roubados no Brasil.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador do Alagoas, Fernando Collor de Mello, disse que o senado federal não vai se omitir. “Com as informações apresentadas pelo deputado do Mato Grosso, Emanuel Pinheiro, vamos tomar providências de perseguir soluções rápidas e eficazes”, declarou Collor.

O parlamentar oficializou sua proposta de fechar o consulado boliviano em Mato Grosso caso seja esgotado todos os campos diplomáticos, porém, ressaltou que isso só poderá ocorrer após discussões com o governo da Bolívia.

“De que adianta a prevenção e a repreensão das drogas, sendo que nossos “hermanos” democratizam e socializam através do poder paralelo a cocaína”, disparou Pinheiro.

O assunto repercutiu de maneira positiva, chamando a atenção dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Mosarildo Cavalcanti (PTB-RR), Aníbal Diniz (PT-AC) e Marcelo Crivella (PRB-RJ), além dos senadores de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), Jayme Campos (DEM) e Pedro Taques (PDT).

“Estamos aqui discutindo uma lei que não provoca somente prejuízo patrimonial, más a vida de brasileiros”, pontuou Pedro Taques.

Emanuel Pinheiro disse que o desejo da população mato-grossense é que a Bolívia se sensibilize e revogue essa medida drástica que vem dilacerando famílias e comprometendo juventudes. “Com uma lei dessa envergadura demonstra o desrespeito com o Brasil e principalmente com Mato Grosso, diretamente prejudicado, por sua extensa faixa de fronteira seca e alagada, e coloca em risco as boas relações diplomáticas mantidas até o momento com o governo brasileiro.

Segundo o deputado republicano, Mato Grosso ganhou adesão de estados estratégicos como Rio de Janeiro e São Paulo, além, dos Estados fronteiriços, como Acre, Rondônia e Mato Grosso do Sul. “A audiência foi positiva para Mato Grosso, foi um grande passo, os membros da Comissão de Relações Exteriores se comprometeram em tornar a luta mato-grossense autentica visando à revisão da lei.

Emanuel Pinheiro salientou que a situação é grave e não pode ser tratado de maneira regional, e por isso o assunto tomou repercussão nacional e chegou ao Senado Federal.

Com propriedade Emanuel disse, “se a União quiser ficar com sua diplomacia de manter boas relações para com um País que não tem consideração alguma com o Brasil, que fique, mas, nós estados fronteiriços não vamos aceitar”, salientou.

Collor elogiou a iniciativa do deputado mato-grossense, de ir a Brasília protestar a Lei n° 133 que autoriza a Bolívia legalizar carros irregulares e roubados. “Tudo que foi apresentado aqui pelo deputado Emanuel Pinheiro, nesta Comissão é contundente e mostram o perigo que esta lei trás para o Brasil. Garanto que essa Comissão vai tomar providências, e irá cobrar soluções enérgicas e rápidas”, apontou Collor.

O procurador Paulo Prado, chefe do Gaeco, que fez parte da comitiva mato-grossense que acompanhou Pinheiro ao Senado, disse que existe uma relação direta entre o aumento da violência no País, o aumento do tráfico de drogas e a lei boliviana. “70% da cocaína vendida no Brasil vem da Bolívia. Como muitos carros roubados no Brasil são trocados por cocaína no País vizinho”. E ainda foi mais além, disse que Mato Grosso corre o risco de se tornar um grande México que tem sua segurança pública ameaçada pelos cartéis das drogas.

Heitor Heyes, presidente da Associação das Famílias Vítimas de Violência (AFVV), disse que se preocupa com o povo boliviano e por isso propõe que o Brasil estude políticas públicas e benefícios, para que a Bolívia reduza o plantio de coca.

O senador Blairo Maggi, parabenizou o deputado Emanuel Pinheiro pela inicia de ir a Brasília defender a causa, e se colocou a disposição para defender no senado federal os interesses do País e principalmente do Estado de Mato Grosso.

Participou também o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, o delegado de polícia Wylton Massal Ohara da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos e o Comandante do Gefron, Coronel Ibanez.






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