Miguel tenta autorizar mais de R$ 28 mi para gabinete do prefeito

Antes de entregar o comando da Prefeitura de Tangará da Serra, o vereador Miguel Romanhuk enviou à Câmara projeto que autoriza a liberação de R$ 28,3 milhões para custear despesas com o gabinete do prefeito. A nova gestão do Executivo, escolhida mediante eleição interna no Legislativo, é tocada por Saturnino Masson (PSDB), que já comandou a cidade em outras duas ocasiões, pela vice-prefeita Idail Trubian (PDT). Nos bastidores a informação é de que a escolha do tucano teria sido costurada pelo deputado Wagner Ramos (PR). Ao menos publicamente, porém, o republicano nega interesse em concorrer à sucessão municipal de 2012.

Enquanto isto, Masson deve ter direito a mais de R$ 28 mihões apenas para gastos com o próprio gabinete. A lei, número 151, de 2011, entrou em regime de urgência especial na última semana, mas a assessoria jurídica pediu mais tempo para analisar a matéria, que deve retornar à pauta de votação nesta semana.

Vereadores de oposição, que preferem não se identificar, garantem que o crédito especial é para pagar salário ao prefeito cassado Júlio César Ladeia (PR), com o avalda Justiça. O ordenado seria referente a 14 dias de maio, 30 dias de junho e 11 dias de julho, período em que Ladeia estava afastado do executivo. Conforme esses mesmos vereadores de oposição, o republicano só teve o pagamente “cortado”, após a cassação, meses depois de ser obrigado a se licenciar, primeiro por decisão da própria câmara, somada à determinação no mesmo sentido proferida pelo juízo da Comarca de Tangará da Serra.

Ladeia é acusado de atos de improbidade administrativa na contratação da Oscip Idheas, que teria causado rombo de R$6 milhões aos cofres do município. Depois do afastamento, ele,o vice José Jaconias (PT), responsável pela efetivação da renovação do termo de parceria, e quatro vereadores foram cassados pela Câmara