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Sexta - 07 de Outubro de 2011 às 07:38
Por: JOANICE DE DEUS

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Clientes esperam na fila para serem atendidos em uma casa lotérica de Cuiabá
Clientes esperam na fila para serem atendidos em uma casa lotérica de Cuiabá
Segue sem avanços ou negociação a greve dos bancários, que começou no dia 27 de setembro passado. Enquanto isso, clientes fazem filas nas casas lotéricas para poder sacar dinheiro e pagar as contas de água, luz, telefone ou mesmo mensalidade escolar.

“Tivemos um aumento de mais de 20% em movimentações como saques do Banco do Brasil”, disse Sandro Portela, gerente da Lotérica 13, que fica na avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá. “O movimento só não é maior porque nas casas lotéricas o limite é de até R$ 700”, acrescentou.

Conforme Portela, o depósito, especialmente de clientes da Caixa Econômica Federal, é outro tipo de operação que vem lotando os estabelecimentos lotéricos. “Muitas são pessoas jurídicas que estão recorrendo às casas lotéricas”, informou.

A balconista Juliana Ferreira, 34 anos, conta que esperou até 30 minutos para pagar uma conta de cartão de crédito. “A fila já costuma ser grande no começo do mês, quando muitas pessoas recebem pagamentos, mas agora aumentou muito”, disse.

Os grevistas reivindicam um reajuste de no mínimo de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período). Outras reivindicações são mais segurança nas agências, maior participação nos lucros e resultados, combate ao assédio moral e o fim de metas abusivas.

Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT), Arilson Silva, a categoria, com data base em setembro, buscou negociar de todas as formas, mas em vão. Diante disso, não restou outra alternativa a não ser a paralisação.

“Estamos entregando panfletos aos clientes mostrando os motivos da greve, que vão além do reajuste, mas também por mais segurança tanto para trabalhadores e clientes, melhoria no atendimento e diminuição das filas. A população tem nos entendido e dado apoio”, frisou.

Conforme balanço do SEEB, de pouco mais de 280 agências, um total de 160 estão paralisadas no Estado. Em todo país, a mobilização atinge 8,5 mil estabelecimentos do ramo financeiro. “É o maior movimento dos últimos 21 anos”, disse.

Ainda não há uma previsão para o fim da greve. A população tem à disposição, conforme a Febraban, uma série de canais para realizar suas operações bancárias, tais como caixas-eletrônicos, internet banking, mobile banking, operações por telefone e mais de 165 mil correspondentes não-bancários, como as casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados. Os bancos oferecem também os serviços de débito automático para pagamento de contas de consumo (água, luz e telefone, por exemplo).





Fonte: Do DC

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