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Quarta - 28 de Setembro de 2011 às 21:00
Por: Andréa Haddad

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Ao menos três ex-secretários mantêm fortes influências nas pastas as quais comandaram por mais de três anos. Eles aproveitam que o governador Silval Barbosa tem um perfil mais light e que não reage de forma dura a esse tipo de interferência e ficam um tanto à vontade. Em muitos casos, ditam regras para renovação de convênios e contratos. Baiano filho (PMDB), por exemplo, deixou a secretaria de Esportes e Lazer em abril de 2010 para ser candidato a deputado estadual. Mesmo após ser eleito, continua monitorando a gestão. Seu sucessor, o deputado licenciado e médico Antônio Azambuja, chega a consultá-lo constantemente. Algumas pessoas levam, primeiro, pleito a Baiano para, depois dos encaminhamentos, procurar Azambuja.

São com trunfos como esses que secretários usam a máquina para criar base eleitoral e cooptar eleitores mediante convênios com direito à liberação de recursos para eventos, além da doação de materiais esportivos. As 24 secretarias e órgãos vinculados ao Executivo detêm um orçamento anual de R$ 12 bilhões. São seus gestores quem executam-no.

O Palácio Paiaguás tem conhecimento destas influências, mas como alguns dos secretários estão com os dias contados, Silval prefere não se indispor com lideranças da base aliada. Entre liberação de recursos e presenças em rodeios e cavalgadas e em outros eventos sociais, Azambuja vai reforçando seu projeto de candidatura no próximo ano. Já é tido como forte candidato a prefeito de Pontes e Lacerda, onde já foi vereador.

Situação similar à influência de Baiano Filho no Esporte e Lazer se constata na pasta da Administração. Quem dá as cartas ainda é Geraldo de Vitto, aquele que caiu com o escândalo do maquinário. Seu sucessor Cézar Zílio constantemente o atende. Passa pela Administração parte do orçamento do Estado, especialmente quanto ao atendimento aos fornecedores, com ou sem processos licitatórios.

Na Educação, muitos acham até que Saguás Morais nem saiu da pasta, tamanha a sua influência sobre a aliada Rosa Neide Sandes. Dezenas de cargos seguem sob sua indicação. Após perder a cadeira de deputado federal com a postergação pelo STF dos efeitos da Lei da Ficha Limpa, o petista “passou” a presidência regional do PT para o aliado William Sampaio, ex-superintendente do Incra-MT. Saguás pretende retornar oficialmente ao posto de secretário de Educação, pasta que abocanha o maior orçamento da máquina. O governador, por sua vez, preferiu colocá-lo na "geladeira".





Fonte: Rdnews

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