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Politica MT
Terça - 27 de Setembro de 2011 às 09:27
Por: Glaucia Colognesi

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O ex-deputado federal Ságuas Moraes se vê numa saia-justa e desmoralizado politicamente, depois que o governador Silval Barbosa (PMDB) o desmentiu quanto à existência de um acordo para ele reassumir a Educação, maior das 24 secretarias e com um orçamento anual de R$ 1,3 bilhão. Embora atuando como médico e pecuarista em Juína, onde foi prefeito por duas vezes, Ságuas está expondo um certo desespero por cargo público. A sua vontade de lotear a Seduc é tamanha que se precipitou ao ponto de renunciar ao mandato de presidente estadual da legenda petista para ficar desimpedido de voltar ao primeiro escalão. O problema é que se articulou internamente, sem combinar a nomeação com o governador.

Ságuas alardeou a sua volta aos quatro cantos e entregou o comando do partido ao ex-superintendente do Incra-MT William Sampaio. Foi mais longe: antecipou que faria reformas na Seduc e anunciou a secretária Rosa Neide Sandes de Almeida como sua adjunta. Ela já tinha ocupado esse posto antes, quando o próprio Ságuas era o titular. A busca desenfreada do ex-parlamentar por cargo acabou rachando o seu próprio grupo dentro do PT. Rosa Neide se mostra chateada. Ela resiste ao convite para ser adjunta e, se o governador recuar e nomear Ságuas como secretário, ela adiantou que sairá de férias, de imediato.

Há algumas semanas, assessores diretos de Silval já alertavam para o desgaste por qual Ságuas passa hoje e que poderia ter evitado se tivesse sido mais cauteloso. Eles chegaram a dizer que o ex-deputado combinou com todo mundo que voltaria para o primeiro escalão do Governo, mas se esqueceu de buscar aval do chefe do Executivo estadual.

Depois de jurar de pés juntos que já havia conversado com Silval sobre a sua volta e que o governador nunca fez objeção ao seu nome, Ságuas se viu contestado pelo próprio Silval. O governador disse que não tem intenção alguma de fazer mudanças na pasta e, sequer, discutiu o assunto com o petista. Enfatizou que está contente com a gestão Rosa Neide e insatisfeito com Ságuas. A batalha para integrar o primeiro escalão de Silval se intensificou depois que ele perdeu o cargo de deputado federal. Sua vaga ficou para o tucano Nilson Leitão.

O "não provisório" de Silval a Ságuas é uma senha de que o Palácio Paiaguás não tem mais tanto temor do PT. Na Assembleia Legislativa, o único petista, deputado Ademir Brunetto, é governista de carteirinha e, mantendo uma petista na Seduc, o executivo está convicto de que o partido não fará oposição.





Fonte: Rdnews

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