Senai-Várzea Grande qualifica jovens de cinco estados em mecânica pesada

Jovens de cinco estados brasileiros estão tendo a oportunidade de aprender gratuitamente sobre mecânica pesada no Senai-Várzea Grande, uma das áreas do mercado com grande demanda atual por profissionais preparados. O curso intensivo de 320 horas está sendo oferecido em parceria com a Tork Sul, revendedora de máquinas Case, que, diante da falta de mão de obra especializada, selecionou interessados em aprender a nova profissão. A proposta é que estes 20 jovens de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e Amazonas possam atuar futuramente na manutenção da frota e garantir um atendimento ao cliente mais eficiente no pós-venda.

O gerente comercial da Tork Sul em Mato Grosso, Laércio Hosaka, afirma que a parceria com o Senai-VG foi firmada devido à referência que a instituição tem na formação profissional. "O objetivo foi possibilitar aos jovens o aprendizado científico sobre mecânica. A empresa deseja que todos tenham um futuro promissor no mercado de trabalho, independente de serem absorvidos pela empresa", explica.

Além do curso, os jovens têm todas as despesas com estadia e alimentação custeadas pela Tork. Para ministrar as aulas, a empresa ofereceu treinamento para o instrutor do Senai-Várzea Grande Marcelo Felizardo de Lima, na Case em Sorocaba (SP) e em Contagem (MG). Tanto na teoria quanto na prática, o professor multiplica o conhecimento adquirido e prepara os alunos para executar a manutenção das máquinas fabricadas para o setor agrícola e a indústria da construção. "A empresa está disseminando o conhecimento sobre os seus equipamentos e, assim, fazendo a diferença no atendimento aos consumidores. Muitas máquinas chegam de fora do país, e pretendemos fazer a diferença com oferta de mão de obra qualificada para a manutenção. Esses alunos terão destaque nesse mercado", avalia o professor.

O jovem Adriano José da Silva, 24 anos, morador de Várzea Grande, acredita que a sua participação no curso "tinha que acontecer". "Eu estava empregado em uma fábrica de borracha e depois do expediente ajudava minha mãe na venda de salgados. Fiquei sabendo do curso por um funcionário da Tork que parou para fazer um lanche. Depois disso, foi difícil aguentar a ansiedade até o início do curso". Agora, já no final, acredita num futuro promissor. "Eu me sinto uma pessoa escolhida por estar aqui estudando com todas as despesas pagas. Quero focar nas duas áreas de atividade da empresa para poder ser melhor aproveitado e, no futuro, desejo fazer faculdade de Engenharia Mecânica".

O aluno Lucas Passos Sodré, 22 anos, de Campo Grande (MS), afirma que tinha curiosidade pela área e acredita que a evolução da tecnologia mudou a imagem do mecânico. "Hoje o profissional não precisa ser sujo e usar da força para a manutenção de máquinas, pois é necessário muito mais o raciocínio. Estou dando o meu melhor e tirando o máximo de conhecimento do professor para conseguir o emprego na empresa".

O gerente do Senai-VG, José Barbosa Batista, acredita que a instituição passará a oferecer o curso. "Ainda não dominamos essa tecnologia, essa foi um parceria específica para formação desses jovens, mas o atual volume de obras tem demandado a qualificação de muitos mecânicos. As empresas estão disputando os profissionais mais capacitados e o salário de um mecânico pleno, com habilidades de programação, elétrica e eletrônica pode chega a R$ 5 mil".

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