Aray desafia Soares a provar o que diz e o acusa de rombo de R$ 12 mi

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá e que também já comandou a Sanecap, Aray da Fonseca, chamou seu antecessor Luiz Soares para a "briga". Conforme Aray, que hoje ocupa a cadeira do deputado licenciado Luiz Marinho na Assembleia, Soares mentiu ao dizer que quando deixou a pasta da Saúde havia R$ 3 milhões em caixa e que não tinha dívidas. "É mentira dele. Posso comprovar por meio de documentos, pois tenho comigo todos os relatórios, inclusive diários, da minha gestão. O que eu falou, eu comprovo. Agora, quem falar besteira, será processado", declara.

Conforme Aray, seu antecessor deixou quase R$ 12 milhões em dívidas e um saldo de apenas R$ 690,4 mil. Ele explica que em janeiro de 2005, quando assumiu a pasta, a competência relativa às clínicas e hospitais foram pagas. As licitações e contratos irregulares, porém, foram cancelados. Não iria pagar por serviços ilegais",a argumenta Aray.

Ele mostra um relatório comprovando que já no final de janeiro de 2005, primeiro mês de seu mandato frente à secretaria de Saúde, além de ter pago os contratos regulares já hacia em caixa uma quantia superior a R$ 6,7 milhões.

Em março de 2005, ou seja, três meses no comando da pasta, já eram constatadas melhorias na gestão pública e R$ 9,6 milhões nos cofres da secretaria. A partir daí, com a casa em ordem, começaram a negociar os contratos herdados de Soares.

     "O problema do Luiz Soares comigo é inveja. Ele não admite que em 10 meses fiz mais do que ele fez em 4 anos", dispara Aray. Como exemplo, o deputado cita o contrato de manutenção dos tomógrafos do Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá. "Ele (Soares) pagava R$ 8,5 mil ao mês. Negociei o contrato e este valor caiu para R$ 4,8 mil, praticamente a metade", afirma Aray.

Outro exemplo citado pelo ex-secretário diz respeito aos medicamentos distribuídos pela rede pública. "O custo com medicamentos reduziu e eu nunca deixei faltar um comprimido sequer em Cuiabá na minha gestão. Além disso, nos últimos 3 meses de mandato, Soares gastou com laboratório R$ 3,5 mil e faltavam medicamentos e os médicos estavam em greve. Com imprensa, Soares torrou nos seus últimos 3 meses de mandato nada menos que R$ 603 mil, não para divulgar o que. Em seis meses da minha gestão, foram gastos apenas R$ 47 mil", exemplifica.

Aray ainda ressalta que ao deixar a pasta, em outubro de 2005, pagou todas as contas de sua gestãoe ainda deixou em caixa mais de R$ 10,8 milhões. "Além do dinheiro que deixei, o chefe da auditoria da pasta, o assessor jurídico e da comissão de licitação me parabenizaram pela seriedade e honestidade com que conduzi os trabalhos". Ainda segundo Aray, o TCE aprovou suas contas "com louvor" pela administração.

"A política precisa de pessoas com mais responsabilidade e quando há alguém honesto comandando a secretaria de Saúde e quando a gente começa a implantar uma gestão transparente e honesta, defendendo o patrimônio público, nitidamente grupos que não querem tentam a todo custo te boicotar". Por fim, Aray deixa claro que a briga está só começando e já promete expor documentos que comprometem um ex-prefeito da Capital. "Quero que provem que há irregularidades em minha gestão, pois vão responder na Justiça pelas mentiras que andam dizendo. Não apenas o ex-secretário Luiz Soares, mas também um certo ex-prefeito de Cuiabá. Eu e outras pessoas que acompanharam minha gestão estamos aguardando ansiosamente para discutir o assunto", alfineta.

Perguntado sobre as ações que pretende desenvolver nos 4 meses em que ficará na Assembleia Legislativo, Aray é taxativo. "Tenho guardado comigo os santinhos distribuídos em minha campanha com todas as propostas que fiz na época. Pretendo cumprir todas, especialmente ações voltadas à saúde, educação e segurança.