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Segunda - 12 de Setembro de 2011 às 03:23
Por: Vinícius Tavares

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Quatro magistrados foram assassinados, segundo dados oficiais, nos últimos cinco anos, incluindo a juíza carioca Patrícia Acioli, brutalmente executada em frente à própria casa. Para não ter o mesmo fim trágico é que o juiz Odilon de Oliveira, de 56 anos, transformou em dormitório a sala de audiências do Fórum de Ponta Porã, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

É ali que ele estende o colchonete, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados. Oliveira é juiz federal, está jurado de morte pelo crime organizado e mora no fórum da cidade, de onde só sai quando extremamente necessário, sob forte escolta.

Em um ano, o juiz condenou 114 traficantes a penas, somadas, de 919 anos e 6 meses de cadeia, e ainda confiscou seus bens. Traficantes brasileiros que agem no Paraguai se dispõem a pagar US$ 300 mil para vê-lo morto.

Desde junho do ano passado, quando o juiz assumiu a vara de Ponta Porã, porta de entrada da cocaína e da maconha distribuídas em grande parte do País, as organizações criminosas tiveram muitas baixas. Nos últimos 12 meses, sua vara foi a que mais condenou traficantes no País.

No dia 26 de junho, o jornal paraguaio Lá Nación informou que a cotação do juiz no mercado do crime encomendado havia subido para US$ 300 mil. Ele recebeu um carro com blindagem para tiros de fuzil AR-15 e passou a andar escoltado. Nos últimos cinco anos, quatro magistrados foram assassinados no Brasil.

É o único caso de juiz que vive confinado no Brasil. Para preservar a família, mudou-se para o quartel do Exército e em seguida para um hotel. Decidiu transformar o prédio do Fórum Federal em casa para evitar despesa para a PF.

A família ia mudar para Ponta Porã mas teve de continuar em Campo Grande. O juiz só vai para casa a cada 15 dias, com seguranças. (Com informações do jornal A Crítica, de Campo Grande/MS)






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