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Cidades/Geral
Segunda - 05 de Setembro de 2011 às 17:10

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O município de Nortelândia desenvolve um programa de rede que envolve as três principais secretarias da gestão pública em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), trabalhando assuntos diversos, e com o objetivo de contribuir para a redução dos índices de famílias envolvidas em situações que acabam desestruturando o ambiente familiar e comprometendo o futuro de crianças, jovens e adolescentes.

As Secretárias Municipais de Assistência Social, Saúde e Educação promoveram no mês de agosto junto com o CMDCA , palestras sobre a Gravidez na Adolescência para as famílias do Programa Bolsa Família, porém, como o tema envolve os adolescentes, as reuniões tiveram a participação maciça dos alunos das Escolas Municipais, entre elas a Júlio Praxedes Duarte.

A gravidez precoce implica sérias conseqüências na vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e consequentemente de suas famílias, que quase sempre estão despreparadas para lidar com a situação, que é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência.

Tem sido cada vez mais constante a incidência de gravidez na adolescência que cresce assustadoramente. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clínica, a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia (referência).

A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.

Segundo Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria Silvério Amâncio, da UNIFESP, quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera conseqüências tardias e a longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso que alguns autores considerem a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações da atividade sexual.

Ainda segundo essas autoras, o contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam a essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência. 

Preocupados com esta situação que também possui números preocupantes em Nortelândia, essas três pastas decidiram unir esforços para conscientizar os adolescentes quanto ao problema e assim conseguir reduzir os índices.

As palestras foram realizadas pela equipe de enfermeiros do Programa de Saúde da Família (PSF), e coordenadas pelos enfermeiros Wesley e Juliana das unidades do Bairro Bandeirantes e Novo Horizonte, com ótima repercussão entre as famílias e os adolescentes.





Fonte: ASCOM

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