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Cidades/Geral
Sexta - 02 de Setembro de 2011 às 10:28
Por: Aline Dessbesell

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A prefeitura deve gastar R$ 2,4 mil por dia para depositar cerca de 32 toneladas de lixo diariamente em um aterro privado no distrito de Primaverinha. O valor corresponde há R$ 62 mil por mês. O serviço teve que ser terceirizado após a Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema) aplicar multa de R$ 250 mil e embargar o aterro sanitário municipal.

Segundo o analista ambiental da Sema, Eliel Ferreira, a administração foi multada por não proteger o solo, na área que está a 9 quilômetros do aeroporto, sendo que o limite é 13 quilômetros e também por poluição ambiental. "O aterro de Sorriso está sendo realmente tratado como um lixão, sem nenhuma medida de proteção ao solo. Em 2009, aconteceu um problema semelhante. O aterro não estava funcionando de acordo com a licença de operação. De lá pra cá a Secretaria fez vistorias e notificou no intuito de que se criassem medidas para preservar. No entanto, depois de várias notificações não restou outra alternativa se não embarga-lo", disse o analista.

Por outro lado, o secretário de Obras, Emiliano Preima, disse que não entende o motivo da Sema ter feito o embargo. "Até porque nosso aterro está sendo bem conduzido neste momento, quase todo o material é coberto, a gente não entendeu o motivo. E se o problema for porque é próximo do aeroporto, não é problema de meio ambiente, e sim da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]. Parece até que falta condições técnicas de quem fez esta interdição".

Dentre as exigências da Sema para que o aterro seja desembargado a prefeitura deve apresentar três áreas alternativas visando iniciar projeto para um novo aterro. Porém, o secretário afirma que é muito difícil encontrar áreas para a construção de um lixão. "Ninguém hoje gostaria de vender a sua área para fazer um aterro. E também não vai ser nada fácil encontrar uma área rapidamente".

Desde quarta-feira (31), a prefeitura esta levando todo o lixo para o aterro de Primaverinha, que está localizado há 70 km, sendo que o embargado está localizado há 30 km. Mesmo com o aumento das despesas, o secretário afirma que não deve haver interferência no recolhimento do lixo. "Por força legal e por ser uma emergência a gente ta levando o lixo para lá, mas nós temos um prazo de 90 dias para resolver o problema e desembargar, caso contrário teremos que fazer uma licitação para depositar por um período mínimo de dois anos no aterro privado", finalizou.

Ontem, o prefeito Chicão Bedin (PMDB), esteve na Sema, em Cuiabá, acompanhado do engenheiro sanitarista Marcelo de Oliveira, para apresentar recurso no intuito de impedir o embargo e a multa.





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