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Terça - 30 de Agosto de 2011 às 09:34
Por: RAFAEL COSTA

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Secom-MT
Promoção na PM se dá em meio a pressão nos bastidores para supostamente favorecer autoridades
Promoção na PM se dá em meio a pressão nos bastidores para supostamente favorecer autoridades

O governador Silval Barbosa (PMDB) vai nomear, nos próximos dias, dois capitães da Polícia Militar, que serão promovidos ao cargo de major da corporação. Antes de assinar o ato administrativo, setores da corporação se movimentam e pressionam a cúpula do Palácio Paiaguás para que seja feita uma escolha "mais política do que técnica".

Conforme Boletim Reservado da Polícia Militar, a cuja cópia Midianews teve acesso, são 68 capitães concorrendo a duas vagas de major. Todos passaram pela análise de um conselho de coronéis, que avaliou o tempo de serviço, conduta exemplar e qualificação profissional.

Por conta disso, é feita uma pontuação de todos os inscritos, levando assim a diferentes colocações. Porém, o Executivo tem a prerrogativa de não escolher, necessariamente, o melhor pontuado.

Isso estaria levando, nos bastidores, a uma pressão em torno da cúpula do Palácio Paiaguás, para nomear parentes de autoridades que constam na relação dos candidatos. O salário de um major da Polícia Militar gira em torno de R$ 10 mil, além de acumular prestígio junto à corporação.

Conforme as informações, a candidata Katiucia Dias Fonseca, por exemplo, que figura em quinto lugar na relação dos melhores pontuados, teria grau de parentesco com um procurador de Justiça, ao passo que outra concorrente, Rubia Fernanda Dinis Santos, que aparece na 60ª posição, teria parentesco com um desembargador do Tribunal de Justiça.

Repercussão

Ao Midianews, o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e dos Bombeiros, coronel Leovaldo Salles, afirmou não ter conhecimento da relação dos inscritos mas, acredita que o Estado vai nomear os candidatos com melhor pontuação.

"Conforme a lei de promoções de militares, cabe ao chefe do Executivo nomear quem figura como melhor pontuado. Isso porque, aos olhos da corporação, são os mais aptos. Se não obedecer essa norma, pode abrir brecha para que haja questionamentos na Justiça. Acredito que o critério será obedecido e a democracia vai prevalecer", disse Sales, que já foi comandante da PM.

A reportagem tentou contato com o comandante-geral da Polícia Militar, Osmar Lino Farias, mas os telefonemas não foram atendidos até a edição desta reportagem.






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