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Terça - 30 de Agosto de 2011 às 07:37
Por: ALECY ALVES

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GERALDO TAVARES/DC
Futuro da área ainda divide opiniões: alguns moradores antigos preferem ficar ao ver casas demolidas
Futuro da área ainda divide opiniões: alguns moradores antigos preferem ficar ao ver casas demolidas
A Lagoa do Jacaré, uma área de risco de inundação ocupada indevidamente que acabou se transformando em bairro no município de Várzea Grande, deverá virar parque de lazer.

O Ministério Público Estadual (MPE), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa Ambiental e Ordem Urbanística de Várzea Grande, e o Rotary Club, firmaram parceria para execução de um projeto que prevê a construção de pistas de caminhada no entorno do que restou da lagoa, preservação da vegetação nativa e dos pequenos animais que ainda habitam a área.

Há pouco mais de três meses, governo do Estado, MPE e prefeitura de Várzea Grande começaram a retirada das famílias que vivem em casas erguidas em áreas aterradas às margens da lagoa.

Pelos menos 20 famílias foram transferidas para um núcleo residencial popular na mesma cidade, mas outras dezenas permanecem na área, que fica na região do Cristo Rei. Entre os que vivem a expectativa da transferência as opiniões são divergentes.

A dona-de-casa Andréia Antunes da Silva, 31 anos, três filhas, diz que não vê a hora deixar o local e morar em uma casa nova, ao lado das cunhadas e da irmã que já foram transferidas. “Estive no residencial, a casa é boa, o lugar também é legal”, avaliou a moradora.

Dona Genésia Fernandes Neta, 65 anos, conta que se fosse por vontade própria permaneceria na Lagoa do Jacaré, onde vive há pouco mais de 20 anos. Ela diz que a margem da lagoa foi o único lugar que teve para construir seu barraco quando chegou a Várzea Grande vinda de Mato Grosso do Sul, com três filhos pequenos.

Hoje, depois de erguer uma casa de alvenaria, a principal preocupação de dona Genésia é com a dívida do empréstimo que fez para concluir a moradia. Conforme ela, ainda deverá pagar prestações pelos próximos dois anos.

Como a casa de Genésia Neta também será demolida, a morada acha que deveria receber uma indenização para quitar o débito. Até mesmo porque terá de pagar o financiamento da nova moradia, com parcelas correspondentes a 10% do salário mínimo.

A promotora de justiça da Defesa Ambiental, Maria Fernanda Corrêa da Costa, diz que a Lagoa do Jacaré é considerada de extrema importância ambiental, pois é uma bacia de recepção das águas pluviais da região do Grande Cristo Rei e figura como elemento de grande influência no microclima. Além disso, no local há várias espécies de animais.




Fonte: Do DC

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