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Cidades/Geral
Sexta - 19 de Agosto de 2011 às 08:07

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Denúncias de corrupção na Sanecap e a possível privatização da empresa pública causaram ontem tumulto na sessão da Câmara Municipal de Cuiabá. Enquanto o vereador Deucimar Silva (PP) mostrava possuir um CD em que diretores da Sanecap conversam sobre irregularidades em licitações e procedimentos administrativos, manifestantes nas galerias pediam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Os vereadores aprovaram a convocação de quatro diretores da Sanecap, incluindo o presidente Aray Fonseca, para darem esclarecimentos sobre denúncias de corrupção no órgão. O requerimento foi assinado por 18 dos 19 vereadores. Apenas Lúdio Cabral se recusou a assinar porque considera que atitude mais “enérgica” deve ser tomada.

Deverão comparecer à Câmara em 15 dias o diretor-presidente, Aray Fonseca, o diretor-financeiro, Frederico Campos, o diretor-técnico Jacírio Maia Roque, e o ex-diretor Nelson Estevão.

Apesar das graves denúncias feitas pelo vereador Deucimar, ele afirmou que não irá encaminhar cópia do áudio para o Ministério Público Estadual (MPE). O progressista afirmou que, como faz parte da base do prefeito Chico Galindo (PTB), vai esperar o posicionamento dele e a manifestação dos diretores.

Conforme Deucimar, essa gravação foi feita por eles mesmos, e acabaram “esquecendo em cima da mesa de um bar”. O progressista contou receber ameaças de Aray. “Ele ligou me ameaçando, dizendo para eu entregar essa fita para ele. Deixei claro que em nenhum momento falei que ele é pivô de corrupção. Mas que tudo isso é pequeno, falei que ele não tem moral para falar se a gente for mostrar as coisas da Saúde”, disse o vereador em Tribuna. Antes de ser presidente da Sanecap, Aray, que é médico, foi secretário de Saúde do município.

Antes mesmo das denúncias feitas por Deucimar, o vereador Lúdio Cabral (PT) apresentou um requerimento pedindo a abertura de uma CPI para apurar os denúncias de irregularidades na Sanecap. Mas não gerou apelo junto aos outros vereadores. Até agora apenas Domingos Sávio (PMDB) e Toninho de Souza (PDT), que assinou ontem, aderiram ao requerimento. Deucimar Silva disse que no momento é desnecessário porque os diretores já foram convocados. “Mas se o prefeito não tomar providências, eu sou o primeiro a pedir a abertura de uma CPI”, disse o progressista.

O promotor Roberto Turin, que atua na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, iria se reunir ontem com os outros promotores do Núcleo de Improbidade para avaliar se vão abrir um procedimento administrativo com relação a essas novas denúncias. Por enquanto, o Ministério Público apura apenas a legalidade da sessão da Câmara que aprovou o projeto criando uma agência reguladora e permitindo a concessão da Sanecap à iniciativa privada.

OUTRO LADO – O diretor-presidente da Sanecap, Aray Fonseca, foi procurado pela reportagem, via telefone, mas não retornou as ligações. (ARF).




Fonte: Do DC

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