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Cidades/Geral
Quarta - 10 de Agosto de 2011 às 00:34
Por: Welington Sabino

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Ao contrário da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) que cedeu ao desgaste e pressão do governo, os investigadores e escrivães da Polícia Civil continuam em greve após reunião com deputados e o secretário de Administração (SAD) Cézar Zílio na terça-feira . A proposta já rejeitada anteriormente pela categoria foi ratificada por Zílio e novamente recusada pelo Sindicato dos Investigadores e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc) presidido por Cledison Gonçalves da Silva que garante que os cerca de 2,1 policiais permanecem de braços cruzados enquanto os crimes continuam acontecendo e os boletins se acumulam sem investigação.

Diante da pressão dos deputados que tem conduzido as reuniões entre os grevistas e o governo, o secretário ficou de apresentar nova proposta de readequação salarial, mas não há detalhes de quando isso deve ocorrer.

Sindicalista Genima Evangelista representante dos escrivães da Polícia Civil explica que reivindica juntamente com Cledison Gonçalves, dos investigadores, a equiparação salarial para a categoria que apesar de ser reconhecida como nível superior desde 2004, não tiveram os salários readequados e ainda têm como base o valor pago aos profissionais de nível médio no Estado, de R$ 2,3 mil. Ela lembra que pleiteiam salário inicial de R$ 3,5 mil e para final de carreira, após 30 anos de serviço, R$ 10 mil. No total, 2,1 mil servidores da PJC estão de braços cruzados no Estado

Os sindicalistas reforçam que os policiais civis trabalham sob risco, em escala de plantão aos domingos e feriados sem receber hora extra. Assim, precisariam ganhar além do piso de nível superior, mas só estão, segundo eles, reivindicando a equiparação salarial que é justa para a categoria reconhecida no papel, mas sem valorização na prática.

A greve dos investigadores e escrivães começou no dia 1º de julho e foi suspensa após 13 dias, para que o governo pudesse apresentar uma proposta de reajuste salarial. Mas sem acordo, o movimento grevista foi retomado com a promessa de radicalizar para chamar a atenção do governo, que estaria, segundo os sindicalistas, preocupado apenas com as obras da Copa e deixando de lado a Segurança Pública. No Estado existem, de acordo com o sindicato, 1.760 investigadores e 380 escrivães que cruzamos braços e travarem as investigações e registros de ocorrências nos 141 municípios mato-grossenses.

Assim como no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e da Sema, a greve da PJC foi declarada ilegal por decisão da Justiça, sob pena de multa diária de R$ 20 para o sindicato da categoria, mas na prática, os servidores não se intimidaram e mantém os braços cruzados mantendo apenas 30% de atendimento em regime de plantão. Apenas flagrantes são atendidos enquanto crimes de roubos, furtos, homicídios, lesões, denunciados pelas vítimas, estão se acumulando ficando nas gavetas.





Fonte: Do GD

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