Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 08 de Agosto de 2011 às 15:46
Por: Mato-grossense finca o pé na A

    Imprimir


2011 ficará marcado como ano em que a Amaggi Exportação e Importação Ltda., uma empresa pertencente ao mato-grossense Grupo André Maggi, deu o passo mais concreto na sua estratégia de internacionalizar a Companhia. Na última sexta-feira (5), a sua diretoria confirmou que os investimentos iniciados no ano passado na Argentina, com a instalação de um escritório, serão multiplicados e que o Grupo mato-grossense – já presente na Europa – vai plantar, comercializar e exportar grãos no país vizinho. Esta pode ser considerada a segunda fase do plano de internacionalização do Grupo iniciado em 2008.

A Amaggi faz o caminho inverso. A onda de invasão argentina no Estado abriu espaço para que mato-grossenses exportem sua ‘expertise’ na produção agrícola e finquem sua bandeira em terras portenhas.

O caminho rumo à Argentina, atualmente o terceiro maior produtor de soja do mundo, atrás de Estados Unidos e Brasil, foi aberto no ano passado quando a Amaggi consolidou a abertura de um escritório na capital, Buenos Aires. Em 2011 iniciou suas atividades de trading (comercializadora) no último mês de abril. A Amaggi é a empresa líder do Grupo e está voltada para a compra e venda de grãos (soja e milho), industrialização, logística, produção de sementes de soja, importação e comercialização de fertilizantes e defensivos.

Mesmo sem revelar cifras dos investimentos que serão aportados no país vizinho, o diretor-superintendente da Amaggi, Waldemir Loto, frisa que a participação da empresa na Argentina está apenas começando. Por se tratar de uma estratégia de mercado da mato-grossense, Loto não deu muitos detalhes sobre os próximos passos em solo argentino, no entanto confirmou que a meta é plantar soja, milho e trigo em terras que, em princípio, serão arrendadas de produtores locais. Sobre a localização das lavouras, o sigilo foi mantido como forma de não fomentar a especulação na região. Para a safra 10/11, produtores preveem a produção de algo em torno de 48,8 milhões de toneladas. A previsão inicial era de 49,6 milhões.

A internacionalização do Grupo é a forma que encontramos para estar mais próximos dos nossos clientes, como também dar suporte à nossa expansão no mercado interno”, argumenta Loto. A decisão estratégica, como define, ainda está em curso. Questionado sobre que tipo de tecnologia será adotada para a soja argentina, se convencional ou transgênica, Loto frisa que isso está em avaliação, mas que num primeiro momento deverá seguir a preferência local pela biotecnologia, com a produção basicamente voltada para o consumo asiático. “Estamos atentos e olhando todas as oportunidades”.

De forma exclusiva, o Grupo revelou ao Diário que a previsão é de originar 500 mil toneladas de grãos, sendo que a meta nos próximos cinco anos é atingir 2 milhões de toneladas. Também neste ano, o Grupo pretende iniciar o plantio de soja em solo argentino, ocupando aproximadamente cinco mil hectares e, diante da resposta do mercado, atingir 30 mil hectares nos próximos cinco anos.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/80636/visualizar/