Riva não culpa segurança por morte de prefeito, mas cobra agilidade

Deputado José Riva (ex-PP) amigo pessoal há 10 anos do prefeito de Nova Canaã do Norte (700 km ao norte de Cuiabá), Antônio Luiz César de Castro (DEM), mais conhecido por Luizão, executado a tiros durante uma festa na noite de sexta-feira, não atribui a morte do amigo a falta de segurança, mas cobra uma solução rápida. “A população da cidade está assombrada e se o caso não for solucionado com rapidez, gera uma sensação de descrédito no governo que já está ocorrendo devido a greve da Polícia Civil”.

Para o parlamentar, a segunda morte de prefeitos de Mato Grosso em 15 dias, a outra ocorreu na noite do dia 23 de julho quando o chefe do Executivo de Novo Santo Antônio (1.063 km da Capital), Valdemir Antônio da Silva (PMDB) morreu com 3 tiros quando chegava em casa, foi conforme as investigações apontam, praticada por pistoleiros, o que é impossível de se evitar. “Isso pode acontecer com qualquer um, mas o que não pode ocorrer é deixar as investigações paradas como estão ocorrendo devido a greve”, diz Riva ao comentar que a paralisação dos escrivães e investigadores tem dado certa liberdade para os criminosos.

Na cidade, conforme José Riva, o prefeito era muito querido, vinha desempenhando excelente trabalho ao longo de seu segundo mandato e também não tinha inimigos políticos. “Fica até difícil para a gente que conhecia o Luizão, imaginar o motivo de sua morte. Quase 100% dos moradores da região não acreditam em crime político” afirma o parlamentar. Ainda conforme o ex-pepista que está migrando para o novo partido do PSD, no dia da morte do amigo, a Câmara Municipal de Nova Canaã do Norte havia aprovado mais de R$ 2 milhões em verbas suplementares para as obras desenvolvidas no município.

A usina Teles Pires localizada naquela região, conforme Riva, aumentou bastante a receita municipal e por esse motivo o prefeito estava pleiteando diversos recursos em prol do desenvolvimento da cidade. “A população estava bastante satisfeita com o trabalho. Um crime dessa natureza gera instabilidade política e também emocional nos moradores que estão assombrados”.

Por acreditar que a greve da Polícia Civil contribui para os criminosos permanecerem em liberdade, o deputado tem insistido para o governador negociar com os grevistas. Uma reunião com a categoria e o secretário Cézar Zílio (SAD) foi agendada para a próxima terça-feira (09).

Crime: Conforme informações da Polícia Civil, Luizão foi morto por um homem que estava encapuzado. Testemunhas informaram que o assassino chegou ao clube de laço, onde ocorria a abertura da Festa do Laço Comprido, em um veículo Gol branco, junto de outro suspeito. Saiu do carro já com o rosto encoberto e seguiu em direção à vítima, após confirmar ser o prefeito efetuou os 7 disparos. Quatro delegados estão trabalhando nas investigações, juntamente com dezenas de policiais civis e militares