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Politica MT
Sexta - 05 de Agosto de 2011 às 17:39
Por: Vania Costa

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Por iniciativa do vereador Elson Pires (PR), a Câmara de Cáceres, sediou dia 04 de agosto, uma audiência publica envolvendo autoridades do governo do Estado, sobre a segurança na fronteira com a Bolívia. Tendo em vista a Lei n° 33 de junho deste ano, do governo da Bolívia, sobre a legalização de carros roubados que rodam no país vizinho “Ley de Saneamiento Legal de Vehículos Indocumentados”.

De acordo com o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) que também compôs a mesa de autoridades do Estado presentes, a entrada em vigor dessa lei, vem gerando enorme “mal estar”, sobretudo na população que reside na Capital mato-grossense e nas famílias que residem em municípios de fronteira, como no caso de Cáceres, sabidamente uma das rotas mais usadas por quadrilhas que atuam no roubo de carros, que em sua maioria são trocados por drogas e ou produtos de contrabando.

Pinheiro considera estranho e gravíssimo a despreocupação do governo boliviano com os danos que pode causar aos mato-grossenses, principalmente nos cuiabanos, que são os maiores alvos em roubos de veículos no Estado.

“Não discuto a soberania da Bolívia em tomar suas decisões internas por mais irresponsáveis e antiéticas que sejam, entretanto, vivemos em um sistema de cooperação e colaboração. A atitude do presidente boliviano representa insulto ao Brasil e especialmente a Mato Grosso pela sua extensa faixa de fronteira com o país vizinho, tornando-se um estimulo a bandidagem e ao narcotráfico. Temos que reagir”, ponderou Pinheiro.

Segundo Emanuel Pinheiro, a Bolívia ao tomar uma decisão dessa envergadura demonstra o seu desrespeito com o Brasil, e coloca em risco as boas relações diplomáticas mantidas até o momento com o governo brasileiro.   

“Temos um Estado lindo e maravilhoso, que infelizmente vive em guerra contra o narcotráfico e faz fronteira com a Bolívia. “O presidente Evo nos ‘brindou’ com esse decreto onde legaliza os carros roubados para arrecadar renda ao seu país, deixando Mato Grosso a margem do crime organizado”, acrescentou.

Conforme Pinheiro nenhuma das demais 26 unidades federativas será tão prejudicada como Mato Grosso com essa iniciativa. “Estamos do lado da Bolívia somos portas de entrada, seremos os mais atingidos com essa medida. Quantos de nós temos vizinhos, amigos, familiares ou nós mesmos vítimas de roubo de automóveis”, apontou.

O parlamentar disse que o Estado deve tentar todas as alternativas possíveis e democráticas para tentar resolver o problema diplomaticamente, porém, se continuar sem nenhuma reposta, deixando uma lacuna, e o sentimento de desrespeito por parte do governo boliviano, o Estado pode entender que o presidente Morales não tem interesse de manter um bom relacionamento. Ele disse ainda, que o Brasil tem sido companheiro e prestativo a todas as empresas e bolivianos que vivem e trabalham em Mato Grosso. “Mas, se a Bolívia não for recíproca tenho uma sugestão, tirar o consulado da Bolívia daqui. O consulado existe aqui para tratar dos seus nacionais que vivem aqui, e toda essa gentileza que emprestamos a eles recebemos em troco o estimulo ao narcotráfico e a insegurança, que já contaminou a baixada cuiabana.  “Não quero causar desconforto ao Estado mais também não quero ver o povo cuiabano, mato-grossense oprimido pelo governo boliviano. Deixo aqui registrado o sentimento crescente de angustia da população da minha região.

“Queremos manter um bom relacionamento democrático. Essa é a nossa preocupação, porém, vejo que não é a preocupação do presidente Evo Morales”, destacou. 

Emanuel disse que não precisa ir longe à memória para lembrar-se de uma tragédia. Deu exemplo do caso do empresário Martins Pompeu de Barros, de 48 anos, dono do Vídeo Casablanca, que foi encontrado morto em uma vala, vítima de um latrocínio - roubo seguido de morte. Que segundo informações o veículo roubado seria vendido por cinco mil reais a um boliviano que estaria responsável em levar o veiculo para o país vizinho.

 “Temos muito que fazer internamente dentro da autonomia que o Estado tem para defender os anseios da população, não podemos ficar de braços cruzados, vou me manifestar na tribuna da Assembleia Legislativa e externar aos meus colegas parlamentares o grito da baixada cuiabana e de todos os mato-grossenses”, explanou Pinheiro.

De acordo com Pinheiro “o mundo da voltas”. “Parece que o mundo da volta mesmo, Daqui em diante vamos ter que tratar o governo boliviano como 150 anos atrás seguindo o “Tratado de Yacucho". Naquela época quando não existia uma convivência pacífica na fronteira era necessário que os dois povos mantivessem um dialogo para estabelecer os limites de fronteira e também de boa convivência.

“Além da gana de arrecadar milhões, assim como diz matéria da revista Veja desta semana, para engordar os cofres bolivianos esta o desejo de fazer isso a qualquer preço. Ai eu pergunto e a cooperação entre os povos citado na constituição? Onde os bolivianos estão nos tratando com cooperação?”, questionou o parlamentar.

Segundo Pinheiro “ter um bom relacionamento é importante, mas, até quando só o Brasil, só Mato Grosso vão continuar tratando com respeito e carinho os bolivianos que aqui vivem, enquanto, que eles não se preocupam conosco”, finalizou.

Elson Pires parabenizou o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) pela atuação e sua preocupação em preservar a segurança pública dos mato-grossenses. E ainda parabenizou pela iniciativa de visitar o cônsul da Bolívia em junho para conhecer as reais intenções do governo boliviano.






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