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Cidades/Geral
Sexta - 05 de Agosto de 2011 às 00:47
Por: Kamila Arruda

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Revoltados com uma suposta “retaliação” a servidores envolvidos no movimento contra a concessão do setor de saneamento, funcionários da Sanecap ameaçam deflagrar greve geral num prazo de 72 horas, caso suas reivindicações não sejam atendidas. A decisão foi tomada nesta quinta (4) em assembleia extraordinária na frente da sede, onde foi elaborado um documento para ser protocolado na diretoria. Eles exigem a reintegração dos 9 servidores que foram demitidos e dos outros 7 afastados de seus cargos.

Membros do sindicato dos Trabalhados da Água e Esgoto de Cuiabá também se mostram insatisfeitos com a atuação do presidente da companhia de saneamento e pedem a “cabeça” do presidente Aray Fonseca e de toda cúpula da diretoria envolvida na suposta retaliação. A primeira vez que a categoria demonstrou descontentamento foi em maio, quando chegou a fazer uma abaixo-assinado sob argumento de que a gestão do petebista era uma das piores da história. À época, o prefeito Chico Galindo (PTB) entrou nas negociações, acatou algumas das reivindicações e os funcionários recuaram.

O problema é que a aprovação da mensagem que autoriza a concessão do saneamento reacendeu a tensão entre servidores e diretores da Sanecap. Após uma série de manifestações e “panelaços”, o clima “azedou” de vez nesta quarta (3), quando a diretoria da Sanecap demitiu 9 funcionários contratados e afastou outros 7. Carlos Alberto de Arruda, por exemplo, ocupava o posto de gerente do setor de movimento de rede de esgoto e foi “rebaixado” a seu cargo de origem. Ele diz que só não foi demitido por ser concursado.

Já João Valério era contratado pelo Idep, trabalhava na empresa há 15 anos e foi demitido nas férias. Ele vai recorrer à Justiça. “Eles fizeram isso pra intimidar o resto do pessoal”, aponta. A prefeitura, por sua vez, garante que apenas cumpre um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado junto ao Ministério Público Estadual. Pelo acordo, a companhia deve diminuir o número de contratados, convocando concursados.

Os servidores mostram-se irredutíveis. A categoria reivindica que os manifestantes não recebam advertências da diretoria. Também cobra a abertura de uma CPI na Câmara Municipal para investigar supostas irregularidades no órgão, além das demissões. De quebra, buscam ainda a saída de todos os ocupantes de cargos comissionados, o pagamento de salário dos contratados pelo Idep, que está atrasado, e o atendimento de todas as negociações feitas anteriormente.

Segundo o presidente do sindicato, Ideuênio Fernandes, a categoria vai aguardar o prazo de 72 horas para o atendimento das reivindicações. Caso não sejam contemplados, os servidores darão início à greve. “Enquanto isso vamos trabalhar lentamente”, reforça.





Fonte: RDnews

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