Passou da hora do Silval bater no peito e comandar MT, diz Rabello

O pedido de moção de pesar pela morte do jornalista Auro Ida, apresentado nesta terça (2) pelo presidente da Assembleia, José Riva (PP), provocou polêmica na Casa. Os demais deputados aproveitaram o ensejo para tecer duras críticas ao governador Silval Barbosa (PMDB). Eles reivindicam segurança aos moradores do Estado. "Foi um crime lamentável e o Auro chegou a me procurar e a dizer que sofria risco de morte", disse Riva.

Ele também propôs moção de pesar pela morte do prefeito assassinado de Novo Santo Antônio, Valdemir Antônio da Silva, o Quatro Olhos (PMDB), executado com três tiros a queima roupa no último dia 23, dentro de casa. Numa demonstração de revolta com Silval, o aliado Walter Rabello (PP), apresentador de programa televisivo, chegou a cobrar que o governador assuma as rédeas de Mato Grosso. "Passou da hora do Silval bater no peito e comandar este Estado. A população quer ver a polícia nas ruas. O município de Tesouro, por exemplo, foi alvo de assaltantes mas, como a polícia estava presente, os 14 suspeitos foram detidos. Dai a César o que é de César", bradou o progressista, da tribuna.

Segundo Rabello, é inconcebível que policiais do Estado usem farda remendada por falta de dinheiro para adquirir uma nova, além de veículos inadequados para a função desempenhada. "Esta não é a promessa de campanha do meu governador, para quem eu e o meu partido pedimos votos", criticou.

Além de Riva e Rabello, o deputado Emanuel Pinheiro (PR) prestou condolências à família de Auro Ida e à de Quatro Olhos. O republicano também cobrou mais policiamento nas ruas e chegou a questionar os colegas se eles se sentem em segurança ao deixar os filhos nas escolas antes de ir para o trabalho. "Não queremos só a elucidação do caso Auro Ida, queremos que todos tenham uma resposta. Há mais de 20 anos, a estudante Cristiane morreu no colégio José de Mesquita, em Cuiabá, e, até agora, ninguém sabe quem foi o autor do crime. Qual dos 24 deputados tem a coragem de deixar os filhos na escola e bater no peito com a certeza de que, quando voltar, vai encontrar o filho esperando?", questionou.

Ao final, Riva concordou com a sugestão de Emanuel em colocar as moções de pesar em votação na sessão matutina desta quarta (3) para que todos os 24 deputados possam assinar