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Terça - 26 de Julho de 2011 às 12:17
Por: ANA ROSA FAGUNDES

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A criação do PSD em Mato Grosso vai provocar baixas de prefeitos em nove partidos. Em fase formação, a nova legenda já contabiliza 46 prefeitos. O que mais vai perder é o DEM, com 12 chefes de executivos sinalizando a migração. Em contrapartida, das grandes siglas do Estado, o PMDB é o único que não irá perder nenhum prefeito.

O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), principal articulador da legenda no Estado, confirma o número, mas ainda não revela a lista completa das cidades de cada um desses prefeitos. A medida visa evitar retaliações partidárias ou prejudicar as tratativas de saída desses prefeitos.

Mas pelo menos da parte do DEM, os dissidentes não precisam ter preocupação. Mesmo sendo o partido que provavelmente terá o maior número de baixas em prefeituras, o presidente da sigla, Oscar Ribeiro, garante que não irá tomar nenhuma providência pedindo a infidelidade partidária ou qualquer outro tipo de reparação. Ele lembra que o DEM é o partido com maior número de filiados no Estado, aproximadamente de 54 mil, seguido pelo PMDB, com 32 mil.

“A política só é vitoriosa quando se faz com prazer, com amigos. Não é à toa que temos o maior número de filiados. A gente trata os companheiros com respeito, mas se esses desejosos em sair acham que tudo que o DEM já proporcionou não é suficiente, vão com Deus. Só posso desejar que sejam mais felizes do que foram conosco”, disse Oscar Ribeiro.

Diferente do número fornecido pelos criadores do PSD em Mato Grosso, Oscar Ribeiro contabiliza oito, e não 12 prefeitos com tendência a deixar o DEM. Hoje os democratas têm 25 prefeitos. O novo PSD é formatado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que insatisfeito com o DEM, resolveu criar um novo partido.

No entanto, em Mato Grosso, os dissidentes do DEM deixam o partido menos por uma questão partidária nacional e mais local. Na eleição de 2010 o partido ficou dividido. A cúpula fez coligação com o PSDB, enquanto parte da base queria ficar no grupo governista. No meio do caminho para a eleição, diversos prefeitos já haviam declarado apoio ao candidato rival da coligação, o governador Silval Barbosa (PMDB).

O deputado José Riva afirmou que viu no PSD a possibilidade de juntar num só partido lideranças que estavam separadas por partidos. A mudança de partido para uma nova legenda não implica em infidelidade partidária.

O segundo partido que mais irá ter perdas é o PP. Junto com Riva, mais 11 prefeitos irão para o novo partido. Seguido pelo PPS (8), PR (7), PSDB (3), PT (2) e PTB, PDT e PV, com um prefeito cada. O partido do governador Silval Barbosa (PMDB) não deve ter nenhuma perda em prefeitura.

Além dos prefeitos, o PSD também contará com cerca de 350 vereadores, um deputado federal, dois suplentes de deputados federais que ocupam vagas titulares, 5 ou 6 deputados estaduais e o vice-governador de Mato Grosso, Chico Daltro.

No dia 1º será realizado um ato de instalação do partido em Mato Grosso, às 19h, na AMM, e contará com a presença de Gilberto Kassab.





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