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Quinta - 21 de Julho de 2011 às 08:25
Por: FERNANDO DURTE

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O prefeito afastado de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (PR), exigiu a prisão do prefeito em exercício do município, o presidente da Câmara de Vereadores, Miguel Romanhuk (DEM). O pedido aconteceu na oitiva da comissão processante que investiga Ladeia, o vice-prefeito afastado José Jaconias da Silva (PT) e quatro vereadores titulares. Romanhuk foi arrolado como testemunha nos trabalhos e manteve silêncio durante os questionamentos.

O pedido de prisão aconteceu no início da tarde de ontem (20), feito pelos advogados do republicano. Indagado sobre a conduta dos vereadores Paulo Porfírio e Haroldo Lima, o democrata não quis se manifestar.

“O réu de uma ação pode ficar quieto quando questionado. Eu, que sou testemunha, também fiquei. Os dois são meus amigos, não quis falar. Não fui eu quem pediu a CP [comissão processante] e nem afastei eles dos cargos. Quem fez isso foi a Justiça”.

Diante do silêncio de Romanhuk, foi feita a exigência da detenção, que não foi acatada. Quando assumiu o cargo, Ladeia destacou que o democrata não iria permanecer no cargo por ter uma “ficha extensa”. Ele assumiu após o vice José Jaconias também ser afastado.

“Ele falou coisas para mim ontem [terça-feira], e eu, ao invés de ofender ele, fiquei quieto. Ele não esperava isso. Fala que eu promovi o afastamento dele, que fiz investigação. Eu não controlo a Polícia Federal, não mando na Justiça”, concluiu o prefeito em exercício.

Além de Porfírio e Lima, também foram afastados dos cargos os vereadores Celso Ferreira e Genilson Kezomae. A investigação da comissão está prevista para ser concluída em agosto e, caso aponte os acusados como responsáveis de irregularidade na prefeitura, pode cassar os mandatos.

INVESTIGAÇÃO -

A CP foi criada a partir de uma definição da Comissão Especial de Investigação (CEI), que apontou o envolvimento dos acusados no rombo causado pela Oscip Idheas, responsável por gerir alguns setores da saúde do município, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Programa de Saúde da Família (PSF) e a Unidade Mista de Saúde. O esquema da Oscip foi apontada na operação Hygeia, da Polícia Federal, no ano passado.





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