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Quarta - 20 de Julho de 2011 às 04:57
Por: HUMBERTO FREDERICO

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O presidente da Agência Executora das Obras da Copa do Mundo (Agecopa), Éder Moraes, tentará convencer hoje, às 17h, os técnicos dos ministérios dos Esportes e das Cidades a viabilidade técnica do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, e o colocar dentro da matriz de responsabilidade do governo do Estado. Ontem, Éder admitiu pela primeira vez que caso o governo federal não aceite o VLT na matriz de responsabilidade, o modal de transporte escolhido poderá ser o Bus Rapid Transit (BRT).

“Se a União não aceitar (a proposta), teremos duas saídas: o governador pode escolher o modelo anterior, BRT, ou outro qualquer, ou também podemos esquecer a mobilidade urbana e financiar o VLT pelo valor de R$ 1,1 bilhão junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), o que não afetaria a nossa capacidade de endividamento”, disse Éder.

A justificativa do presidente da Agecopa para a segunda opção é de que com obra do VLT em si já afetará o centro de Cuiabá com as obras, portanto as obras de mobilidade urbana não se tornariam imprescindíveis.

O governador Silval Barbosa (PMDB) também demonstrou preocupação com a opinião do governo federal sobre a mudança do modal de transporte de BRT para o VLT. Ele admitiu que dentre as duas possibilidades, apontadas por Éder, poderá optar pela volta do BRT, caso a União não aceite outro modal.

“Depois que fizemos o planejamento do BRT, vimos a possibilidade de implantar um modelo de transporte mais ágil que era o VLT, mas neste momento o governo federal está colocando dificuldades para incluí-lo na nossa matriz de responsabilidade. O importante é que não corremos risco de perder financiamento, pois caso a União não aprove o VLT já temos projeto pronto e dinheiro em conta para executarmos a construção do BRT”, disse o peemedebista.

Apesar do temor do governador, Éder disse estar tranquilo quanto ao aval para a construção do VLT. No início da semana ele recebeu do fundo de investimentos “Infinity” um estudo de viabilidade técnica do modal na Capital, que será levado a Brasília. O valor que Éder tentará viabilizar junto à União gira em torno de R$ 500 milhões.

“Eu estou levando o estudo para mostrar a viabilidade do VLT. Tenho certeza de que vou comprovar que a capacidade de passageiros em Cuiabá viabiliza o modal, além do apelo dos cuiabanos pela qualidade do transporte e menor tempo de parada, o que justifica mais rapidez”, concluiu Eder.

O Diário adiantou na semana passada que o Ministério das Cidades tinha solicitado para a Agecopa informações sobre a mudança do modal de transporte. Conforme a própria assessoria da Pasta tinha informado, os técnicos do governo federal estranharam e foram surpreendidos com a decisão da Agência em preterir o BRT pelo VLT.

Além de Éder, participam da reunião representando Mato Grosso os diretores de Planejamento e Infraestrutura, Yênes Magalhães e Carlos Brito, respectivamente.





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