Defensoria corre risco de despejo de prédio emprestado pelo município
O prefeito de Jaciara, Max Joel Russi (PR), pediu de volta o prédio cedido pelo município a Defensoria Pública. O despejo, segundo ele, é porque a situação do local é precária. “Chove lá dentro, molha os processos. Se já existe um prédio novo, só faltando fazer o acabamento porque continuar num local desses”, argumenta. O pedido foi realizado há dois meses, mas até agora a devolução do prédio não foi cumprida.
Na verdade, a retomada do prédio é uma tentativa do prefeito fazer com que a Defensoria Pública realize o repasse de R$ 200 mil restantes para concluir a obra da nova sede do órgão público. O prefeito é quem fica “queimado” com a população, pois é quem executou a obra. A cobrança da sociedade pela conclusão da obra é grande. Em entrevista ao Olhar Direto, ele comentou que a situação é constrangedora. “A empreiteira tem nos cobrado e gera desgaste para a prefeitura”, comentou Russi.
Por outro lado, o defensor geral André Prieto garante que se os defensores públicos ficarem desalojados no município, ele retira a Defensoria Pública de Jaciara. “Na verdade essa é uma forma de fazer pressão, pois o imóvel pertence à prefeitura, desalojar é uma forma de fazer pressão”.
Comentários de que a empresa poderia começar a retirar materiais utilizados na construção do prédio como forma de diminuir o prejuízo pode incorrer em crime, segundo Prieto. Neste caso, ou a construtora espera o repasse da Defensoria Pública para a prefeitura ou terá que ingressar a ação contra a prefeitura, a executora da obra.
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