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Policia MT
Terça - 12 de Julho de 2011 às 05:27
Por: JOANICE DE DEUS

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A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil acredita que as quadrilhas que assaltaram as agências do Banco do Brasil, em Poconé, Paranatinga e em Nova Monte Verde também atuam em outros estados como o Goiás, Pará, Tocantins, Rondônia e Maranhão. No caso das duas primeiras cidades, as investigações apontam para uma mesma quadrilha, já que a forma de agir é semelhante à modalidade denominada “novo cangaço”.

“Acreditamos que são duas quadrilhas diferentes. A de Nova Monte Verde agiu de forma usual, durante o dia, renderam clientes e funcionários, que são usados para abrir os cofres. Em Paranatinga, foi à noite e, em Poconé, de madrugada, e os bandidos não têm como contar com a abertura dos equipamentos, já que existe um sistema de segurança que impede isso fora do horário de expediente”, disse o delegado do GCCO, Flávio Henrique Stringueta.

Além disso, nos dois primeiros municípios, conforme o delegado, a forma de ação foi semelhante. “Os bandidos, todos encapuzados, vão para a agência com explosivos, dominam as pessoas, fazem reféns e causam temor e pavor na cidade”, comentou.

Até ontem a polícia ainda não tinha pistas dos criminosos. Para tentar chegar até eles, já que estavam todos encapuzados, o GCCO tem se utilizado das imagens das câmaras das agências bancárias e analisado desde o tipo de armamento e explosivo usado ao jeito de andar dos bandidos. “Os cabeças ou chefes das quadrilhas podem não ser de Mato Grosso, mas utilizam mão-de-obra local. Eles agenciam gente daqui para conseguir carros e armas para fazerem o serviço”.

Conforme Flávio Stringueta, a atuação dos bandidos em outros estados dificulta a ação policial. Porém, o GCCO tem contado com apoio das instituições policiais dessas unidades da federação. “Na ação à agência do HSBC, em Cuiabá, tivemos auxílio muito grande da polícia de Tocantins. Um membro da quadrilha foi preso e identificamos outro, que vamos pedir a prisão”, contou.

A tentativa de assalto aconteceu no dia 14 de junho, quando seis homens armados invadiram a casa do gerente do HSBC, na avenida do CPA. A família foi mantida refém e um dos assaltantes acompanhou o gerente até a agência. A intenção da quadrilha era obrigá-lo a abrir o cofre e entregar o dinheiro, mas o alarme disparou.

Stringueta não acredita numa possível ação dos bandidos, especialmente na modalidade “novo cangaço”, na Capital. “Cuiabá conta com uma força policial muito grande. Fazer o ‘novo cangaço’ aqui seria suicídio”, argumenta.

O delegado informou ainda que os dois veículos queimados após os assaltos em Nova Monte Verde e Paranatinga eram dublês (carros roubados e adulterados).






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