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Policia MT
Segunda - 11 de Julho de 2011 às 16:01
Por: Débora Siqueira

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Ameaçado de morte pelo ex-marido da atual namorada, Paulo Cézar Nunes dos Santos procurou a delegacia da Vila Operária, na periferia de Rondonópolis, para registrar ocorrência, mas devido à greve da Polícia Civil e por não ser flagrante, ele não conseguiu o boletim de ocorrência. “Eu estou avisando, estou sendo ameaçado de morte, tem um cara rondando a minha casa a mando do ex-marido da minha namorada. Se ele continuar com isso eu mato ele primeiro. Ele é um traficante de drogas, um homem perigoso”.

Mesmo assim, uma funcionária da delegacia mandou Paulo voltar no dia seguinte. Ela se compadeceu da história e falou que pediria para um investigador atendê-lo às 8 horas. Com apenas 30% do efetivo atuando, os policiais só atendem casos em flagrante e casos de homicídios.

Paulo contou ao Olhar Direto que no domingo, por volta das 22h30, o homem que ele sabe apenas que o nome é Gustavo, de apelido “Gugu”, telefonou para a ex-mulher ameaçando de matar ela, a mãe dela e o namorado dela, Paulo Cézar. A mulher, que Paulo não quer dizer o nome para preservá-la, escreveu uma carta a ele narrando os fatos e deixou na casa dele. Paulo trabalha numa multinacional e chega entre 23h30 e meia-noite em casa. “Ela ficou com medo de falar pessoalmente. Fomos a uma festa juntos no sábado e Gugu foi avisado e a ameaçou”.

Ele mostrou a reportagem à carta escrita pela namorada em clima de despedida como se pressentisse o pior. “Se eu morrer não se esqueça que contigo eu fui feliz”. A garota ainda relata para que Paulo tenha cuidado e que o ex-marido é um homem traiçoeiro. “Estou com medo e triste”, diz trecho da carta.

Junto a um cunhado policial militar, Paulo puxou a ficha criminal de Gugu e descobriram que ele já tinha passagens por agredir a primeira esposa e acusado de ter matado o filho de dois anos de um dos relacionamentos dele. “Procurei a Polícia e eles não fizeram nada por mim, vou falar com esse meu cunhado, acho que vou ter que fazer minha própria justiça. Não vou continuar recebendo calado as ameaças de morte”, disse Paulo antes de montar na bicicleta e sumir pelas ruas da periferia de Rondonópolis.






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