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Quinta - 07 de Julho de 2011 às 15:56
Por: Hevandro Soares

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As comunidades que ainda não são atendidas pela rede de esgoto do município estão prestes a receber o benefício. Esta foi uma das decisões da manhã desta quinta-feira (7) na sala de reuniões da prefeitura municipal. O parecer é via licenciamento por parte do Conselho Municipal do Meio Ambiente – Consemma, um grupo conduzido por 14 entidades ligadas direta e indiretamente ao setor. Outra decisão unânime do grupo foi a liberação de implantação do Parque Ambiental do Padroeiro nas imediações do Rio Vermelho.

Toda alteração de paisagem no meio urbano que vá interferir e causar modificação ambiental, especialmente em áreas de preservação, deve passar pelo crivo do Consemma. O amparo é por meio da lei 5.098, de 22 de março de 2007. Os dois casos aprovados hoje são especialmente pela entrada das obras em área de preservação permanente – APP com vegetação monitorada na beira dos rios.

No caso específico do Parque Ambiental do Padroeiro o consultor Paulo José Ferreira dos Santos, profissional que faz estudo de casos junto ao Consemma, explicou que o projeto não visa desrespeito com a vegetação à beira do Rio Vermelho, ao contrário, ele tem por ideologia integrar homem e natureza. “A área escolhida para a construção do parque, ao lado da Fundação Mato Grosso, não resultará em ações arquitetônicas tão grandes que ofereçam destruição a mata de preservação ali presente na proteção do Rio Vermelho. O máximo que vai adentrar na App será uma pista de caminhada, que visa manter as pessoas em contato direto com a natureza enquanto fazem exercício físico” ressaltou o profissional.

Já na segunda votação a pauta foi o esgoto. Rondonópolis já quase atingiu totalidade em abrangência da rede de esgoto municipal com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC I, do governo Lula nos últimos anos. No entanto o crescimento pujante de população e de bairros adjacentes na cidade fez com que novas localidades não obtivessem esta ferramenta do saneamento básico. Agora, com o PAC II, o Sanear obtém projetos de ampliação da rede coletora, mas que também em alguns pontos têm a necessidade de espaço em APP.

Segundo Hermes Ávila de Castro, engenheiro ambiental do Sanear presente na reunião, a decisão favorável do Consemma entendeu uma necessidade geográfica do trabalho.  “A rede de esgoto funciona por gravidade. Ou seja, o ponto final onde escoa todo o material fica a beira do Rio que é a parte mais baixa da cidade. Onde vamos ter a necessidade de instalar interceptores. Daí para chegar tudo até a estação de tratamento o sanear colocará quatro elevatórias para vencer a topografia, estas também próximas a córregos e rios” disse o profissional, que ainda relatou com animação o fim dos poços artesianos que afetam significativamente o lençol freático.

Para o Presidente do Consemma, e Secretário Municipal do Meio Ambiente Lindomar Alves, o conselho mais uma vez fez a sua parte em defesa do bem estar social com a proteção dos assuntos ambientais, fato que infelizmente, segundo, ele não é encarado da melhor forma em alguns casos no Brasil.
“Muitos empresários e alguns grupos defendem que os órgãos ambientais trabalham contra a evolução econômica das cidades ou do país. O que é muito errôneo e sem sentido. Na verdade nosso único intuito é trabalhar interagidos com todos os outros setores, respeitando acima de tudo a sustentabilidade do planeta” explicou Lindomar.

As áreas que não obtém rede de esgoto e que serão contempladas nos próximos projetos do Sanear são o Bairro Dom Bosco; Vila Rica; Residencial Padre Lothar; Residencial Antônio Geraldini; Bairro Dom Osório; Jardim Residencial Carlos Bezerra II; Vila Mineira; Jardim Ipê; Jardim Nossa Senhora da Glória; Loteamento Farias; Bairro Verde Teto e Parque Vetorasso.






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