Polícia recaptura 19 presos após fuga em SC; 59 estão foragidos

Dezenove dos 78 presos que fugiram do Complexo Penitenciário de Florianópolis no domingo (26) já tinham sido recapturados pela polícia até o início da tarde desta segunda-feira, segundo o governo de Santa Catarina. Esta é a segunda maior fuga da história do Estado.

De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania, os presos escaparam em duas ações diferentes. Na primeira, por volta das 5h30 de ontem, seis detentos fugiram de um dos prédios do complexo, chamado de Casa Velha.

À tarde, por volta de 16h30, presos da Central de Triagem cerraram as grades das celas, avançaram até o pátio --onde renderam dois agentes penitenciários-- e em seguida libertaram outros presos. Dos 300 homens que estavam no prédio, 72 fugiram. A polícia suspeita que eles seguiram em direção ao Morro do Horácio, que fica atrás do Complexo Penitenciário, no bairro Agronômica.

Além da Casa Velha e da Central de Triagem, o complexo abriga também os presídios masculino e feminino de Florianópolis. São cerca de 1.500 pessoas presas no local, que, segundo a Secretaria de Justiça, está superlotado.

Após as fugas, foi montado um forte esquema de segurança na região. Cerca de 75 homens das polícias Civil e Militar estão mobilizados em operações pelas ruas de Florianópolis.

Dois helicópteros, equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais), da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) e do setor de inteligência auxiliam nas buscas.

Na manhã desta segunda-feira, o diretor do complexo, Joaquim Valmor de Oliveira, pediu demissão do cargo, e o governo estadual abriu procedimento administrativo para apurar as circunstâncias das fugas. Um inquérito policial também foi instaurado.

A fuga de ontem no Complexo Penitenciário de Florianópolis é a segunda maior da história no Estado. Em fevereiro deste ano, 78 presos fugiram de uma só vez do mesmo local. Destes, quatro ainda estão foragidos.

De acordo com o diretor de inteligência da Secretaria de Justiça e Cidadania, coronel João Luis Botelho, o Estado tenta transferir o conjunto prisional para outro local.

"Existe um projeto na pauta do governo que prevê de forma emergencial a retirada do complexo dali. Há tentativa de viabilizar junto ao governo federal para transferir o complexo para um outro espaço e que deve custar em torno de R$ 80 milhões", informou.