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Policia MT
Quinta - 16 de Junho de 2011 às 00:51
Por: ADILSON ROSA E RENÊ DIÓZ

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O Centro da Capital parou ontem de manhã durante uma ação criminosa dentro da agência do banco HSBC da avenida Rubens de Mendonça (CPA), nas proximidades da avenida Mato Grosso. Depois de render a família do gerente na madrugada, em sua casa, uma quadrilha carregou o profissional até a agência para poder roubar o dinheiro do cofre.

O assalto, segundo a polícia, é uma modalidade conhecida como “sapatinho”, em que uma quadrilha sequestra a família do gerente do banco e só a liberta quando ele abre o cofre da agência e entrega todo o dinheiro. A modalidade já estaria em desuso, na avaliação da polícia. O último assalto deste tipo ocorreu há quatro anos na cidade de Campo Verde (a 131 Km de Cuiabá). Na época, a Polícia Civil prendeu quatro bandidos.

Segundo policiais, somente quatro assaltantes participaram da ação criminosa contra o HSBC. Somente um foi preso ainda na manhã de ontem; os demais conseguiram escapar.

A história do crime começa na noite anterior. Anteontem, por volta das 19h30, os bandidos invadiram a casa do gerente, no bairro Coophamil, em Cuiabá, onde fizeram a família refém – a esposa e a filha, que tem 21 anos.

Vizinhos relataram que nada anormal foi percebido naquela noite. Uma moradora da mesma rua do gerente contou que um primo dele diariamente vai à casa – ele mesmo tem uma chave, já que de manhã cedo ninguém da família fica lá. Ontem, como sempre, ele entrou na casa de manhã, mas estranhou um cheiro de cigarro (ninguém da família fuma); ficou sabendo do crime apenas por meio da imprensa.

“Os ladrões ficaram na casa, dormiram por lá e disseram que, por volta das 8 horas, iriam na agência e retirar o dinheiro do cofre”, resumiu um policial. Foram usados os dois carros da família: num Corsa preto os bandidos levaram a esposa e a filha em direção ao Rodoanel; no Corolla, o gerente foi levado pelos demais integrantes da quadrilha para abrir o cofre do banco. Assim que o dinheiro fosse entregue, a família seria libertada.

No banco, a polícia conta que o gerente foi obrigado a entrar com os assaltantes como se nada estivesse acontecendo. Além do gerente, os funcionários que chegavam para o expediente foram dominados.

O plano começou a dar errado quando o gerente tentava abrir o cofre. O alarme disparou e policiais militares logo se dirigiram ao local. Lá, notaram um nervosismo por parte do vigia, que também chamou a atenção dos policiais por seu revólver estar sem munição.

A partir daí, os militares confirmaram a suspeita de que a agência estava sendo assaltada e, com reforços, dominaram a área do prédio do banco. O cerco parou a avenida do CPA. Ao redor do prédio foram posicionados homens do Bope e da Rotam, apoiados por um helicóptero.

Em peso no local a polícia conseguiu prender um dos assaltantes sem tiroteio, mas antes disso ele conseguiu avisar por telefone os demais, que, então libertaram a família e fugiram numa S10.

PRESO - O assaltante preso em flagrante utilizava documento de identidade falso com o nome de Ricardo Limeira Souza Júnior e idade de 32 anos. Era com este nome que ele se apresentava no bairro Pedregal, onde a quadrilha montara seu “escritório”. A polícia informou que o nome existe, mas é de outra pessoa. O assaltante é, na verdade, Gleisson de Souza Costa, tem 29 anos, e a ação na manhã de ontem não foi sua primeira tentativa de assalto (ver matéria). Ele será autuado em flagrante por tentativa de roubo e sequestro. Até o fechamento desta edição, não havia informação da polícia de captura de nenhum outro membro do bando.





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