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Politica MT
Terça - 14 de Junho de 2011 às 08:32

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Alessandro Shinoda/Folhapress
Dr. Hélio de Oliveira Santos, prefeito de Campinas, enfrenta processo de impeachment na Câmara dos Vereadores
Dr. Hélio de Oliveira Santos, prefeito de Campinas, enfrenta processo de impeachment na Câmara dos Vereadores

A Câmara Municipal de Campinas considerou insuficiente a defesa apresentada pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o dr. Hélio, sobre um suposto esquema de fraudes na prefeitura e decidiu dar prosseguimento ao processo de impeachment.

A decisão foi tomada ontem, depois de uma comissão formada por três vereadores analisar a defesa apresentada pelo prefeito.

O processo se refere à suspeita de fraudes em licitações na prefeitura que é investigada pelo Ministério Público e que já resultou na denúncia de 22 pessoas, incluindo a primeira-dama e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim Santos, e o vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT).

Apesar de dr. Hélio não ter sido denunciado pela Promotoria, os vereadores aprovaram, por unanimidade, em 23 de maio, a abertura do processo de cassação dele.

Depois de determinar a continuidade do processo, a comissão tem até o fim de agosto para decidir se pede ou não o impeachment do prefeito. São necessários dois terços dos votos de 33 vereadores para que ele perca o mandato.

No próximo dia 29, serão ouvidas as 20 testemunhas indicadas pelo prefeito. Entre elas, estão os ministros do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), e do Esporte, Orlando Silva (PC do B).

De acordo com o advogado do prefeito, Alberto Rollo, os ministros tiveram contato com dr. Hélio enquanto ele era deputado e poderão falar sobre a sua conduta.

O processo foi aberto a pedido do vereador Artur Orsi (PSDB), que poderá indicar até hoje testemunhas para a comissão. Para ele, o "julgamento político independe de o prefeito estar sendo ou não processado criminalmente".

"GOLPE POLÍTICO"

Em carta à população divulgada hoje, dr. Hélio qualificou o processo de cassação como "tentativa desesperada de golpe político".

Disse ainda que "em nenhum momento" viu ou percebeu sua mulher participar do suposto esquema de corrupção. Ela é apontada pelo Ministério Público como a mentora do esquema que fraudou licitações da companhia de água e esgoto da cidade, a Sanasa.

A primeira-dama, o vice-prefeito e outras três pessoas estão foragidas desde a última sexta-feira, quando tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.






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