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Cidades/Geral
Quinta - 09 de Junho de 2011 às 13:04
Por: RAFAEL COSTA

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Divulgação
Aldecides Milhomem, que teve mandato cassado pelo TRE e fugiu para Goiás com carro oficial
Aldecides Milhomem, que teve mandato cassado pelo TRE e fugiu para Goiás com carro oficial

Após ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), por compra de votos, o prefeito de Alto Boa Vista (1.059 km a Nordeste de Cuiabá), Aldecides Milhomem de Cirqueira (DEM), fugiu para o vizinho Estado de Goiás, usando o carro oficial da Prefeitura e levando documentos relacionados à licitações e contratação de servidores.

A última notícia é de que ele foi visto por populares, na semana passada, em Goiânia, em um posto de combustível abastecendo o veículo oficial, uma caminhote Toyota SW-4, avaliada em R$ 95 mil. Pedidos de investigação já foram encaminhados à Promotoria de Justiça de Alto Boa Vista e à Polícia Civil.

O episódio representa, em parte, a crise política que se instalou no município.

A Justiça Eleitoral decidiu pela posse do segundo colocado na eleição municipal de 2008, Wanderley Perin (PR), que afirmou ter sido ameaçado de morte para não assumir o cargo.

"Tenho recebido telefonemas anônimos e ameaçadores. Já avisei à Polícia Civil e vou pedir à Justiça para que me seja concedida proteção por parte do Estado", disse o republican, em entrevista ao MidiaNews.

A posse de Wanderley Perin ainda foi dificultada pelos políticos ligados ao prefeito cassado, Aldecides Milhomen. Dos 9 vereadores do município, quatro se recusaram a dar posse: Juracy Rezende (PHS), Moisés Junior (PSB), Juarez Lopes (PP) e Irene Rocha (DEM).

No entanto, a assessoria jurídica de Perin disse ter encontrado uma "brecha" no Regimento Interno do Legislativo, segundo a qual o parlamentar mais velho, com assento na Câmara Municipal, pode empossar o prefeito, o que foi feito pelo vereador Antônio Camelo Neto (PDT).

Após ser empossado, Perin prometeu acionar o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT), para que seja feita uma auditoria nas contas do antecessor.

"O rombo da Prefeitura passa de R$ 10 milhões e existe a suspeita de graves irregularidades. Não quero ser responsabilizado pelo que não cometi", disse o prefeito em exercício.
 






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