Com a obrigatoriedade do IDEB em placas na entrada do estabelecimento de ensino os pais vão saber se a escola do filho é “boa ou ruim”
Emanuel Pinheiro quer nota do IDEB em placa visível na entrada das escolas públicas

Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, foi criado o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), cuja aplicação permite dar notas de zero a dez às escolas públicas. “Para que os pais de alunos tenham conhecimento da qualidade do ensino da escola escolhida é preciso acessar a o site do IDEB, eis ai a dificuldade, nem todos têm a disponibilidade de acesso à internet”, declarou o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR).

Embora 87% dos brasileiros acessam a internet semanalmente ( a informação é do instituto Ibope Nielsen Online), nem todos tem o conhecimento de como visualizar a nota ou não sabe manusear as ferramentas do site acessado.

Visando transparência e esclarecimento para sociedade, Emanuel Pinheiro, apresentou um Projeto de Lei que dispõe da obrigatoriedade das escolas públicas do Estado de Mato Grosso divulgar o seu IDEB em placa de um metro visível na entrada principal do estabelecimento de ensino. “Nosso projeto vem no sentido de informar os pais dos alunos, se a instituição de ensino que o filho estuda é boa ou ruim, se esperarmos que os pais consultem o site do MEC, seremos o país do futuro por mais muitas gerações”, esclareceu Pinheiro.

Emanuel Pinheiro ainda frisou que na placa na qual consta o “IDEB” da instituição de ensino, deverá também constar os respectivos “IDEBs” do município e do Estado.

De acordo com o parlamentar através destas informações vai ser possível buscar soluções dentro da própria instituição de ensino, buscando melhorar sensivelmente o nível de aprendizado de nossas crianças e adolescentes.

“Quando falamos em educação, focamos na figura do professor, que é o ator principal do processo e é quem tem contato direto com os alunos. Mas, assim como em qualquer organização humana, por trás dos talentos individuais é preciso haver uma gestão que oriente os esforços e dê um sentido ao todo”, pontuou.

Para Emanuel Pinheiro é impressionante como é possível notar grandes diferenças entre as escolas no Estado.

Ainda segundo Pinheiro nas escolas ruins, os diretores normalmente não sabem ao menos quantos alunos estudam lá.  Já nas escolas boas, o diretor sabe exatamente número de alunos.
Os pais sempre esperam que seus filhos aprendam. Quando o aluno não aprende, logo se percebe que há alguma coisa de errado. “É preciso que pais, professores e diretores chamem para si a responsabilidade para detectar onde está o problema”, destacou Emanuel.

Em uma escola considerada boa, professores e alunos usam o material didático como apoio, o que dá uma organização ao processo de ensino. Nas más escolas, ou o material didático não é usado ou o professor o utiliza para substituir a aula.

Em 2010 o IDEB em Mato Grosso mostrou um abismo no ensino público de Mato Grosso. A diferença das notas chega a 530% entre a pior e a melhor Escola, todas geridas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Várzea Grande abriga a unidade de ensino com o pior índice (1,3). Na outra ponta está Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), que conseguiu atingir 6,9 na avaliação, a melhor. As diferenças entre as 2 instituições são evidentes.

“Com a divulgação do IDEB nas escolas, vai possibilitar a população acompanhar o desempenho da instituição e conseqüentemente cobrar as melhorias para que haja um ensino de qualidade”, enfatizou.