Investigador de MT é acorrentado em protesto por reajuste salarial
Em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho, um investigador da Polícia Civil de Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, foi acorrentado na sede do Sindicato dos Policiais Civil e Escrivães. As categorias paralisaram as atividades nesta terça-feira (7) e só retornam na quinta-feira (9).
As categorias se dizem prejudicadas em detrimento dos delegados. “O governo do Estado concedeu verba indenizatória de R$ 6 mil e mais 11% de aumento salarial aos delegados, cujo salário inicial é de R$ 18 mil”, reclamou o presidente do sindicato, Paulo Rondon, em entrevista à TV Centro América de Sinop. Ele frisou que hoje a remuneração inicial de um investigador é de R$ 2,3 mil.
Segundo ele, o agente foi amarrado como protesto para mostrar ao governo e à sociedade que as classes estão “acorrentadas” há mais de 20 anos. Rondon garante, porém, que 30% dos serviços serão mantidos nesses dois dias, principalmente o setor de flagrantes.
Na semana passada, os policiais fizeram greve por 24 horas em todo o Estado. Ao todo, 2.140 servidores aderiram ao movimento grevista hoje. Já em Cuiabá, cerca de 300 profissionais devem protestar em frente à Assembleia Legislativa de Mato Grosso para reivindicar ainda a equiparação salarial dos investigadores e escrivães a dos peritos.
O delegado regional de Sinop, Douglas Schutve, disse lamentar a ausência dos profissionas, mas alegou que entende o motivo da paralisação. “Esse é um direito da categoria e não nos cabe fazer qualquer julgamento. Estão usando o que entendem ser a melhor forma de solicitar aumento de salário”, pontuou.
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