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Domingo - 22 de Setembro de 2013 às 07:41
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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Com a proximidade do início do maior evento de futebol do mundo no Brasil – e especialmente, em Cuiabá –, o ceticismo da população parece aumentar quanto à capacidade de o Governo do Estado de terminar e entregar as obras a tempo da realização da Copa do Mundo, que acontecerá nos meses de junho e julho de 2014.



 
Para o secretário extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, a descrença da sociedade é algo comum e, até mesmo, esperado por parte dos gestores, uma vez que o Estado não tem um histórico de cumprir os projetos no tempo prometido.



 
“A sociedade sempre teve um pé atrás com relação ao Poder Público. É normal, porque o Poder Público nunca conseguiu cumprir prazos. A sociedade só vai ter certeza disso [de que tudo estará pronto] quando ela começar a ver as obras concluídas e começar a utilizá-las”, disse.


 
Guimarães afirmou que o Governo Silval Barbosa está “quebrando paradigmas”, ao realizar tantas obras ao mesmo tempo.


 
"A sociedade só vai ter certeza disso [de que tudo estará pronto], quando ela começar a ver as obras concluídas e começar a utilizá-las" De acordo com ele, a população acredita na realização e conclusão das obras. O ceticismo, disse, está na capacidade de entrega de todos os projetos antes da realização do Mundial, o que o Estado espera mudar com o início das inaugurações das obras, previsto para o final deste mês – depois de ser adiada por duas vezes.


 
“Primeiro, pensavam que nada ia acontecer. Depois, a sociedade passou a acreditar que as obras seriam realizadas. Quando as obras começaram, ela passou a dizer: ‘pode até acontecer, mas será que eles [Governo] vão dar conta?’”, disse.


 
Ritmo das obras


 
Sobre as reclamações pontuais da população quanto ao ritmo de andamento das obras na Arena Pantanal – que será palco de quatro jogos da primeira fase do Mundial e tem previsão de entrega de sua estrutura em outubro deste ano –, Guimarães rebateu.


 
“Daqui a 60 dias, a Arena Pantanal vai virar um ponto de visitação, porque vai estar tudo concretado, não mais vai estar tudo cercado. As pessoas vão olhar isso e se assustar ao verem que tudo estará pronto e se perguntar como que essa obra nasceu aqui”, afirmou.


 
Segundo Guimarães, o mesmo ocorre no caso das obras das trincheiras que estão sendo executadas na Capital e em Várzea Grande, com vistas a melhorar a mobilidade urbana, durante e após o Mundial.


 
Ele defendeu que as obras se tratam, basicamente, de escavações, o que não permite a quem passa pelo local observar os operários trabalhando dentro da obra.


 
"[...] o poder público nunca conseguiu cumprir prazos para a execução de obras consideradas importantes" “As pessoas acham que não estão trabalhando, mas você nem consegue ver porque passam pela obra no seu dia a dia correndo pelos desvios. Mas, é uma sensação que se tem, porque elas foram tiradas de uma zona de conforto”, disse.


 
Como exemplo, o secretário citou o congestionamento enfrentado pelos motoristas em alguns trechos da Avenida Miguel Sutil, antes do início das obras de Travessia Urbana. 


 
Segundo eles, os motoristas podiam chegar a 30 minutos de “marcha lenta” em alguns pontos da Perimetral, mas não sentiam porque estava em sua “zona de conforto”.


 
“Hoje, o motorista pode demorar 10 minutos para percorrer de um ponto ao outro, mas reclama, porque você o tirou de sua zona de conforto. A rota alternativa é mais rápida do que a que ele fazia antigamente, mas causa desconforto porque ele não está acostumado e tem aquela sensação de coisa inacabada [ao ver as obras]”, disse.





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