Carlos Bezerra quer empresário concorrendo ao Palácio Alencastro e faz mistério em relação a Rondonópolis
PMDB prioriza Dorilêo e evita anunciar apoio a Zé do Pátio

O empresário João Dorilêo Leal, superintendente do Grupo Gazeta de Comunicação, é o pré-candidato mais cotado para assumir a disputa à prefeitura de Cuiabá pelo PMDB. A afirmação é do presidente da Executiva regional da sigla peemedebista e deputado federal Carlos Bezerra.

"Já o convidei oficialmente e estou aguardando somente a data de filiação. Estou convicto de que Dorilêo vai integrar o grupo e será nosso candidato a prefeito de Cuiabá. O PMDB não abre mão da própria nos municípios pólos.", comentou Bezerra.

Segundo Bezerra, a legenda tem a pretensão de lançar candidatura própria nos maiores colégios eleitorais de Mato Grosso que são notadamente Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Cáceres, Barra do Garças e Sorriso.

A estratégia do PMDB é tornar-se em 2012 a principal legenda do Estado conquistando o maior número de vereadores e prefeitos, posto que atualmente pertence ao Partido da República (PR).

Desde que assumiu o Palácio Paiaguás em abril de 2009, a legenda estuda ampliar sua influência em Mato Grosso. Hoje, é o maior partido do país e tem o vice-presidente Michel Temer no papel de principal liderança.

Princípio de crise em Rondonópolis

Ao mesmo tempo em que reforça o nome de Dorilêo para concorrer a prefeitura de Cuiabá, Bezerra faz mistério quando o assunto é a reeleição do prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (PMDB).

Questionado se Pátio seria candidato natural à reeleição pelo PMDB, Bezerra optou pelo mistério. "Isso não sei ainda. Não posso afirmar nada neste sentido".

Com relação à possibilidade de sua esposa, atual secretária de Estado de Turismo, Teté Bezerra, assumir a candidatura em Rondonópolis. "Isso não vai ser discutido neste momento", disse.

Origem da rusga

A crise de relacionamento da cúpula do PMDB com o prefeito de Rondonópolis começou em 2008 quando Pátio decidiu apoiar, no segundo turno, a candidatura à reeleição de Wilson Santos (PSDB) para a Prefeitura de Cuiabá. Naquele momento, o PMDB apoiava a candidatura do empresário Mauro Mendes que disputava o cargo de prefeito pelo PR.

A decisão de Pátio foi considerada uma resposta a Maggi diante da insistência em reeleger Adilton Sachetti, o que levou até a escalar secretários de Estado para atuar em Rondonópolis, porém, não gerou resultado.

Em 2010, quando o PMDB lançou Silval Barbosa ao governo do Estado, Pátio mais uma vez se rebelou apoiando a candidatura do tucano Wilson Santos ao Palácio Paiaguás que patinou nas pesquisas ao longo da campanha e terminou a eleição em terceiro lugar.

Diante da resistência que enfrenta no PMDB, Pátio é assediado para filiar-se ao PSD, partido recém fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e que está em fase de fundação em Mato Grosso em movimento liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP).