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Politica MT
Sexta - 06 de Maio de 2011 às 15:11
Por: Fabiola Ost

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O saguão da Escola Municipal Primavera ficou lotado durante a audiência pública realizada pela Câmara de Sorriso na noite desta quinta-feira (05.05) para debater sobre o Aterro Sanitário de Resíduos Sólidos Domiciliares que está sendo instalado no distrito.

De acordo com o projeto, além de Sorriso, os municípios de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum também serão atendidos pelo aterro. Mas, conforme a legislação, só será permitido o deposito de resíduos oriundos de outros municípios mediante autorização legislativa precedida de consulta pública.

O evento foi conduzido pelo presidente da Câmara, Luis Fabio Marchioro (PDT), que esteve acompanhado dos vereadores Leocir Faccio (PDT), Chagas Abrantes (PR), Chacrinha (PR), Vanzella (DEM) e Polesello (PTB).

Além da população, participaram das discussões os secretários de Obras e Serviços Urbanos, Emiliano Preima e de Saúde, Ednilson Oliveira, o Secretário do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social, Nivaldo Martinello, o presidente da Associação de Moradores do distrito, Tiago Saraiva, o representante do Conselho Municipal de Meio Ambiente, Marcelo Oliveira, a promotora do Ministério Público de Lucas do Rio Verde, Patrícia Campos e o Diretor da Empresa Sanorte, responsável pela implantação do aterro, Ademir Barcella.

Representando a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) estiveram presentes a Gerente Coordenadora de Resíduos Urbanos e Hospitalares, Helen Farias e o Analista de Meio Ambiente, Everaldo Gasparini.

No primeiro momento, técnicos da empresa apresentaram o projeto a comunidade, explanando sobre fatores econômicos, sociais e ambientais do empreendimento.

De acordo com o representante da Sanorte, Jaime Dagostini, o investimento inicial do projeto é de mais de R$ 4,5 milhões, com estimativa de geração de aproximadamente 150 empregos diretos e indiretos. “Estamos aqui para apresentar os benefícios do aterro e também a problemática que sua instalação poderia trazer à sociedade. Devemos destacar o compromisso da empresa com a questão ambiental, a geração de empregos para o local do empreendimento e a geração de impostos para o município”, explicou, afirmando que é possível a transformação de resíduos sólidos de forma legal e sustentável.

O Analista de Meio Ambiente da Sema, Everaldo Gasparini, que participou desde o início do processo de implantação do aterro, falou sobre os critérios de escolha do local. “Foram realizados estudos de condições técnicas bem criteriosos para definição da melhor área, levando em consideração pontos básicos como distância de mananciais e altura de lençol freático, primando sempre pela preservação do meio ambiente”, destacou.

PARTICIPAÇÃO POPULAR - Na segunda parte da audiência, a palavra foi aberta ao público para questionamentos.

A maioria dos moradores do distrito se mostrou favorável a instalação do aterro. Houve apenas um único posicionamento contrário, do proprietário de uma área vizinha ao empreendimento, que questionou, entre outros, o impacto ambiental da obra.

Conforme a Gerente de Resíduos, Helen Farias, qualquer empreendimento gera impactos ambientais, mas o gerenciamento da atividade proporciona sua diminuição. “Toda atividade mal gerenciada gera sim impactos ambientais, mas a Sema garante a fiscalização e o monitoramento do empreendimento. Mas, devemos ressaltar que os lixões são considerados os maiores propulsores de impactos ao meio ambiente e se a área foi aprovada é porque está apta para tal”, frisou.

A promotora de justiça Patrícia Campos salientou a importância da discussão para a região. “Lucas do Rio Verde também não possui destinação final adequado de resíduos sólidos e questionando a Sema sobre a existência na região de algum aterro devidamente licenciado e em regular funcionamento, nos foi passado que estaria se instalando um aqui em Primavera. Acredito que seria uma solução paliativa para o problema dos lixões”, disse.

Diante dos questionamentos, o presidente Luis Fabio deixou claro durante o debate que o objetivo da audiência era somente a autorização legislativa para que outros municípios possam destinar seus resíduos no aterro. “Em nenhum momento se discutiu a privatização da coleta e destinação do lixo de Sorriso, isso será em outro momento se houver necessidade”, afirmou.

Ao avaliar a audiência, Luis Fabio falou em superação das expectativas. “Tivemos a participação em peso da comunidade local, que agora conhece de forma detalhada o empreendimento que está se instalando no distrito. E isso, nos ajudará muito na hora de aprovar a lei que trata dos resíduos sólidos”, completou.






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