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Policia MT
Terça - 03 de Maio de 2011 às 17:47
Por: Luciene oliveira

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Ilustração

Uma quadrilha que usava bares e sorveterias para prática de tráfico de drogas foi desarticulada pela Polícia Judiciária Civil  de Mato Grosso, nesta terça-feira (03.05), na operação “Faxina Nobre”, realizada nos municípios de Nobres, Diamantino, Alto Paraguai, Nova Mutum, Jangada e Cáceres. Dezesseis mandados de prisão temporária foram cumpridos de 17 ordens judiciais (prisão e busca) decretados pela Justiça. Três deles tiveram mandados de prisão cumpridos dentro da cadeia. As investigações iniciaram há nove meses.
 
De acordo com levantamentos da Polícia Civil, em Diamantino, os estabelecimentos comerciais de fachada, na verdade atuavam como casas de prostituição e pontos de venda de drogas. No dia 11 de março deste ano, a polícia interditou nove bares com autorização da Justiça. Oito dos proprietários foram presos por casas de prostituição, outros por associação ao tráfico e outros por corrupção de menores. Nenhuma das casas tinha licença ou alvará para funcionamento.
 
Na região, o tráfico de entorpecentes levou a prática de quatro homicídios, ocorridos à maioria em Diamantino, entre dezembro de 2010 e março de 2011. Um dos assassinados era membro da quadrilha, identificado como Merivelto Ferreira de Oliveira.  Seu corpo foi encontrado em Poconé no mês de março passado.
 
No curso das investigações, a polícia chegou aos principais responsáveis pelo abastecimento de entorpecentes, identificados Meirivaldo Ferreira de Oliveira, o “Vado” e Cassiano Lima de Camargo, o “Cara de Arraia”. Meirivaldo foi preso em 2010 com dez quilos de cocaína.
 
Em Nobres, Mariângela da Silva Moreira, esposa de Meirivaldo Ferreira, Rogério Romera, o Pintado, Leônidas Corrêa da Silva, o Nenê, e Lourivaldo da Silva Santos, o Vadinho, eram os responsáveis pela distribuição naquela cidade.
 
Meirivaldo Ferreira de Oliveira, atualmente está preso e cumprindo pena de 15 anos de reclusão pelo crime de crime de tráfico de entorpecentes. Ele comandava o tráfico de dentro da Cadeia Pública de Nobres e é apontado como o “núcleo” do tráfico de entorpecentes da região. “Ele encomendava, via “Encomendava”, via celular, a droga da pessoa de que está sendo procurada pela polícia e este trazia a droga e entregava ao irmão dele, Meirivelton Ferreira de Oliveira, considerado um dos braços da quadrilha e responsável pela distribuição da droga e mentor de utilização de documentos falsos”, disse o delegado Wilson Leite.
Em Diamantino, o tráfico de entorpecentes tinha como fachada “sorveterias” e a Polícia identificou como responsável Cassiano de Lima de Camargo, o “Cara De Arraia” e sua esposaAlessandra Antônia Vieira. O casal tinha como distribuidores o  Maurício Dos  Santos, Juscivaldo Ferreira e  Cleber Antunes de Matos.

 Em Alto Paraguai foi identificadoAndré Avelino Barbosa, o Andrezinho, que também tinha como fachada uma sorveteria.
 
O dinheiro arrecadado com venda de drogas era administrado por Alessandra Antônia Vieira, Maria Aparecida de Lima, Antonio Querobino Filho e Cleiton de Lima Querobino. Eles eram os responsáveis pelos depósitos bancários e movimentações financeiras dos valores oriundos do tráfico de droga.
 
Na Capital, no dia 23 de dezembro passado, policiais da Inteligência da Polícia Civil conseguiram prende Marcos da Silva Canette, 38 anos, no trevo de acesso bairro Tijucal, próximo ao supermercado Atacadão, com quatro quilos de pasta-base dentro de uma sacola de viajem.  O traficante continua preso em Cuiabá respondendo processo criminal. A droga apreendida teria vindo da região de Cáceres, onde policiais da Delegacia Regional procuram pelo principal fornecedor de entorpecentes dos traficantes do Médio-Norte.
 
A quadrilha movimentava seis quilos de cocaína por semana, trazidos da fronteira para abastecer traficantes, principalmente de Diamantino e Nobres, bases da operação comandada pelo delegado regional, Wilson Leite. Depois de “batizada” a droga rendia 18  quilos, sendo que um quilo divididos em porções contabiliza 4 mil trouxinhas vendidas no mercado ilícito do tráfico de drogas.
 
A operação mobilizou 70 policiais, entre delegados, investigadores e escrivães para cumprimento das ordens de prisão e busca, com apoio de policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE).
 
Relação dos presos:
 
1. Meirivaldo Ferreira de Oliveira, cumpre pena na Cadeia Pública de Nobres, por tráfico de drogas;
2. Mariangela da Silva Moreira, esposa Meirivaldo Ferreira. É responsável pela movimentação financeira, efetua os pagamentos, os recebimentos e armazena o estoque da droga;
3. Merivelto Ferreira de Oliveira – foi morto em março. Seu corpo foi encontrado em Poconé. Assumiu posição de destaque no grupo, gerenciando a distribuição de entorpecentes;
4. Rogério Romera, o Pintado, responsável pelo gerenciamento da distribuição da droga;
5. Marcos da Silva Canette, comprava e vendia droga em Cuiabá;
6. Cassiano de Lima Camargo, o Arraia, usava duas sorveterias como fachada do tráfico. Revendia a droga para varejistas. As sorveterias também eram usadas para justificar suas movimentações financeiras, a de negociador de veículos usados;
7.Alessandra Antonio Vieira, esposa de “Cara de Arraia”, tinha pleno conhecimento das atividades ilícitas praticas do marido, inclusive, o auxilia na administração financeira da quadrilha e na lavagem de dinheiro que é feita através da sorveteria;
8.Leônidas Correa da Silva, o Nenê, adquiria entorpecentes do traficante conhecido Meirivaldo Ferreira da Silva e os revendia no município de Nobres. Ele mantinha constantemente em sua residência pequenas quantidades destinadas à venda diária;
9.Maurício dos Santos, comprava droga para venda no varejo;
10. Juscivaldo Ferreira, comprava droga para venda no varejo;
11.Lourivaldo da Silva Santos, o Vadinho, comprava droga para venda no varejo;
12. Cleber Antunes de Matos, comprava droga para venda no varejo;
13. André Avelino Barbosa, o Andrezinho, administrava uma das sorveterias de Cassiano, na cidade de Alto Paraguai, onde comercializa entorpecentes;
14. Cleiton de Lima Querobino, é irmão de “Cara de Arraia” e o auxiliava nas movimentações financeiras da quadrilha;
15. Maria Aparecida de Lima, mãe de “Cara de Arraia” e o auxiliava nas movimentações financeiras da quadrilha;
16. Antonio Querobino Filho, é padrasto de “Cara de Arraia” e o auxiliava nas movimentações financeiras da quadrilha. 
 






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