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Policia MT
Quinta - 14 de Abril de 2011 às 08:59

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O "Caso Tijucal" será apresentado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), da qual o Brasil é signatário desde 1992. Há 15 anos, familiares de 29 pessoas assassinadas e 4 desaparecidas, todas do bairro Tijucal, esperam pela condenação dos 5 acusados de cometerem os crimes. Este é o terceiro processo de Mato Grosso levado à Comissão.

Um memorial contando toda história e uma pasta com dezenas de recortes de jornais foram entregues pela vice-presidente da Associação das Famílias Vítimas de Violência, Odilza Sampaio, ao defensor público interamericano Roberto Tadeu Vaz Curvo.

A documentação será analisada e colocada em ordem cronológica para fundamentar o pedido. Curvo explica que os processos não podem ser encaminhados de maneira aleatória para a Comissão, que exige pré-requisitos nos casos. O defensor diz que ainda não se aprofundou na história, mas vê elementos suficientes para que seja aceita.

Ele cita como exemplo de Odilza, que teve 2 filhos desaparecidos e nunca contou com o direito de enterrá-los, causando um sofrimento intenso. Representante da luta por Justiça em nome dos filhos Marcos Henrique Sampaio e Wellington Sampaio, ela conta que agora dá mais um passo e não vai descansar.

Dos 5 acusados, somente o ex-policial civil João da Silva Mendes, o "Mestre Caravellas", foi julgado e condenado. Douglas Basanini, apontado como sequestrador e assassino de Adriano Barbosa Lima, o "Talinha", chegou a ser condenado a 14 anos de prisão, mas num novo júri acabou inocentado. O terceiro denunciado, o comerciante Sebastião Corrêa Leite, que teria encomendado as mortes, foi absolvido.

Os outros casos que recorreram à OEA são Massacre na Guerrilha do Araguaia e o homicídio de Henrique José Trindade, ocorrido em 1982, em Alto Paraguai.





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