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Politica MT
Terça - 22 de Março de 2011 às 07:28
Por: Rojane Marta

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Divulgação
O juiz maranhense, Marlon Reis é membro do Comitê Nacional do MCCE e um dos redatores da minuta da Lei Ficha Limpa.
O juiz maranhense, Marlon Reis é membro do Comitê Nacional do MCCE e um dos redatores da minuta da Lei Ficha Limpa.

Em busca de maior amplitude para o debate da Reforma Política, com intuito de que a sociedade se envolva mais com o assunto, o senador Pedro Taques (PDT), juntamente com o deputado federal, Valtenir Pereira (PSB), estão promovendo audiências públicas em Mato Grosso. Ao todo serão seis audiências – sendo que uma está sendo realizada hoje (21.03), em Cuiabá - na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), outra em Várzea Grande e as demais no interior do Estado.

“Para reformarmos a maneira de fazermos política, precisamos trazer a sociedade para este diálogo. Nós precisamos que este sistema seja debatido pelo cidadão - o qual é o maior interessado e é o destinatário destas ações”, disse Taques, enfatizando a necessidade da sociedade participar na discussão da Reforma Política.
 
O juiz maranhense, Marlon Reis - membro do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e um dos redatores da minuta da Lei Ficha Limpa, e também a deputada federal por São Paulo, Luiza Erundina (PSB), farão parte das audiências que foram denominadas: “Perspectivas da Reforma Política”. Os pontos a serem discutidos nas audiências foram apresentados na tarde desta segunda-feira (21.03), durante coletiva de imprensa.
 
Para o juiz Marlon Reis, o sistema eleitoral brasileiro precisa mudar o quanto antes. Segundo ele, “a novidade no momento é que a sociedade, finalmente, acordou de uma maneira irreversível para isso”.
 
Marlon Reis frisou ainda, que do jeito que está não tem como continuar. “Não há mais como adiar a reforma política sem prejuízo para a própria política. Não se trata de uma reforma contra a política, muito pelo contrario, é uma reforma para a política. Há fragilidades no sistema atual que deslegitima aquilo que é tão importante – o bem mais importante de uma democracia, que é o exercício da atividade política. A sociedade civil, o MCCE, quer participar desse processo dialogando justamente para isso, a edificação e a construção desse valor que é a política. A gente traz como proposta não um embate, pelo contrario, queremos dialogar para que saia do papel a necessária reforma das nossas leis arbitrarias, não da para ficar como está”.
 
O magistrado pontuou que o sistema eleitoral brasileiro possui inúmeras falhas, portanto, ele concentrou duas como as maiores: “O sistema atualmente é um terreno próprio e fértil para o abuso do poder econômico e político de um lado, e de outro, ele é um sistema que não é transparente – estes dois defeitos são insuperáveis”.
 
Ele ainda citou o sistema de financiamento de campanha, que segundo ele, o caixa um é quase tão grave quanto ao caixa dois. “A maneira como se pratica o financiamento de campanha no Brasil hoje está errado por natureza, ele quebra e desnivela a disputa, ele quebra a igualdade de participação, ele dificulta a participação eleitoral de pessoas oriundas de classes sociais menos avançadas. E ainda, ele submete grande parte dos mandatários que aceitam esse jogo a entrar em um mandato já com uma divida maior com os seus doadores do que com seus eleitores” finalizou.
 
Já a deputada Luiza Erundina – que é Membro titular da Comissão da Reforma Política da Câmara e criadora da Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular, citou alguns pontos cruciais da reforma política, entre eles, o fim da coligação partidária.
 
“O fim das coligações para a disputa irá corrigir a distorção da vontade do eleitor. Muitas vezes o eleitor vota em um político de um determinado partido, que se coligou com outro partido, daí o seu candidato perde, mas seus votos elegem outro pela coligação”, destacou.






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