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Opinião
Quarta - 15 de Abril de 2020 às 11:24
Por: Elizeu Silva

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Moradores praticamente do mundo inteiro vivem dias tenebrosos diante da pandemia da Covid-19. O pavor desse agente patológico invisível atormenta a humanidade quase que em toda a terra. Já não existem distancias, aldeias e fronteiras para que a doença não possa transpor: estamos todos no mesmo barco, juntos e misturados.

São milhares de mortes por Covid-19 mundo afora, segundo monitoramento dos órgãos e autoridades responsáveis pelo assunto. No Brasil até o momento que escrevo este texto são contados mais de 1.300 mortes e mais 23 mil casos confirmados de coronavírus, segundo Ministério da Saúde. Estados com mais mortes confirmadas são: São Paulo (608), Rio de Janeiro (188), Pernambuco (102), Ceará (91) e Amazonas (71). Mato Grosso registra quatro mortes, e 134 casos de Covid-19.

Mas, que doença e mortes que nada! Enquanto isso, políticos em Brasília se degradam com unhas e dentes sobre o farto recurso do fundo partidário e eleitoral – o famoso fundão - que poderia ser usado no combater ao coronavírus, mas não largam o osso. O valor de mais de R$ 3 bilhões está assegurado em Orçamento para as eleições municipais em 2020.

Na mentalidade da maioria desses “nobres” e “ditos” representantes do povo, o interesse politico sobrepõe ao começo de tudo, que se inicia com a garantia do direito à vida. Ora, a vida é necessária para que futuros agentes políticos e a politica existam. Contudo, cegos pelo poder, e na ânsia por maiores prestígios, aplausos, e aumento de assombrosas quantias de dinheiro para conseguirem o que querem, tapam os olhos e ouvidos ao clamor do povo: Que se danem aqueles que têm dificuldades para bancar o padrão mínimo de vida ao sustento da família neste momento tão difícil.

Estes pais e mães de famílias, que por um percalço ou outro não tiveram a sorte de nascer em berço abastado financeiramente, são ignorados ou tratados como fantoches e tão somente requisitados e hipocritamente valorizados em época de eleição. Depois são esquecidos a própria sorte.

Com baixa estima e sem uma alternativa plausível e imediata diante da situação, o brasileiro se vê mais uma vez obrigado a ser flexível no “jeitinho brasileiro” para suster. Vê-se obrigado a adaptar-se ao mundo e não se achar que o mundo precisa se adaptar a ele. Como se já não bastasse à vida nos afrontar quase que diariamente, os políticos brasileiros ainda vão, além disso, lamentavelmente. Em resumo: Diante da situação de dificuldade o brasileiro é obrigado a dançar conforme a música e criando o seu próprio ritmo. Mas, qual é a música?

Elizeu Silva é jornalista em Mato Grosso.



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