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Opinião
Quinta - 09 de Julho de 2020 às 06:16
Por: Lício Malheiros

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Nosso país vive hoje uma dicotomia, quando o assunto em voga trata-se de um tema muito difundido e discutido nos meios de comunicação de massa, principalmente nas redes sociais, Facebook, Instagram, quando o tema em questão diz respeito a “Discurso de Ódio”.

O termo em questão “Discurso de Ódio” (que de forma genérica, qualquer ato de comunicação que inferiorize ou incite ódio contra uma pessoa ou grupo, tendo por base características como: raça, gênero, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual e por ai vai).

Nos dias atuais, esse tema vem sendo bastante difundido e discutido, principalmente entre poderes constituídos, entre os quais, alguns deles vêm sobressaindo e sobrepondo outros.

Conforme, vem se posicionando atualmente o Supremo Tribunal Federal (STF), que é a mais alta instância do poder judiciário brasileiro e acumula tanto competências típicas de uma suprema corte, ou seja, um tribunal de última instância, como de um tribunal constitucional, ou seja, tem que estar pautado no que preconiza a Constituição de 1988.

Partindo dessa premissa, vamos restabelecer os fatos, a Suprema Corte (STF), através de ações monocráticas, proferidas por alguns ministros, como, mandando prender, a ativista bolsonarista declarada Sara Winter.

Não satisfeitos, mandaram prender o blogueiro Osvaldo Eustáquio; por volta das 6 horas da manhã, o mesmo teve sua casa visitada pela Polícia Federa (PF) e preso, a pedido também da Suprema Corte (STF), no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, sem falar nas outras pessoas que também foram presas, por expressarem seus sentimentos e pensamentos, pautados naquilo que preconiza a Constituição Federal em seu Art. 5º.

Construí essa narrativa para chegar a um ponto que a meu ver, na condição de um reles articulista, com uma formação acadêmica sofrida, pelas dificuldades enfrentadas para estudar, porém revestido de um sentimento exacerbado de nacionalismo e legalismo.

Não posso aceitar a fala do colunista Hélio Schwartsman, do Jornal Folha de São Paulo, ao dizer com todas as letras que deseja a morte do presidente Jair Messias Bolsonaro, grande estadista, ele diz “Torço para que o quadro se agrave e ele morra. Nada Pessoal” imagina então se fosse pessoal.

Para justificar seu posicionamento bestial, pragmatizado por um discurso de ódio politizado; o mesmo ao explicar o seu desejo de morte a um presidente eleito de forma democrática, e que a duras penas vem trabalhando contra um sistema, esse sim antidemocrático, que alguns chegam a desejar sua morte, para que pudessem voltar ao poder e pelo poder.

Com a palavra Suprema Corte (STF), que de forma célere e organizada, mandou prender ativistas pró-Bolsonaro, simpatizantes, apoiadores perigosos contra as instituições democráticas, e por ai vai; ou iremos continuar vivendo, em eterno estado de exceção.

Pare o mundo, quero descer!

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo.



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