A política é uma ferramenta de transformação Se utilizada corretamente, é ferramenta de transformação humanizadora
Se utilizada corretamente, a política é uma ferramenta de transformação humanizadora. Infelizmente em nosso país, não chegamos a este entendimento ainda.
Governo após governo, em todas as esferas das atividades da administração pública brasileira, os atores políticos entregam muito menos do que prometem, colocam primeiramente seus interesses pessoais e partidários, acima da vontade da coletividade.
O Brasil como um todo, carece de políticos decentes; políticos que estejam dispostos a reduzir seus salários em prol do bem comum; políticos que estejam dispostos a lutar por um parlamento menos oneroso para o contribuinte, políticos devocionados em construir uma nação mais justa, igual e com mais respeito pelas diferenças.
Temos as questões pertinentes as reformas, tão sonhadas reformas, que nunca acontecem; a tributária por exemplo, que desoneraria milhões de contribuintes e o mesmo tempo em que incentivaria as pessoas a empreenderam seus negócios, bem como atrairia investidores externos. Mas o que acontece em nosso parlamento é vexatório; nossos congressistas perdem tempo com pautas insignificantes e não debatem reformas que poderia melhorar a vida das pessoas comuns, do povo.
A ineficiência da máquina pública brasileira, faz com que o cidadão desacredite no potencial das instituições do Estado em dar respostas exequíveis para os problemas urgentes e recorrentes da população brasileira.
Veja bem a aberração que é o fundo eleitoral; um valor de 4,9 bilhões de reais que serão gastos nas eleições deste ano; como chegamos a este nível esdruxulo de financiamento de eleições, com o pretexto falacioso de que eleições financiadas com dinheiro público são mais democráticas e acessíveis aos candidatos com menor poder aquisitivo; não haveria outra forma de democratizar, sem lesar o contribuinte? Enfim, o que dizer dessas excentricidades da agenda pública brasileira?
Precisamos pensar a nação que queremos para o futuro; e certamente, ouso dizer, que parcela significativa do Brasil quer se aproximar de modelos gerenciais seguidos por nações modernas e tecnológicas, com consciência ambiental, do que continuar com esse modelo que não é eficiente em atender demandas básicas da coletividade.
No meu entendimento, a República brasileira precisa repensar os rumos e as escolhas feitas nas últimas décadas; certamente erramos bem mais do que acertamos.
O futuro se mostra incerto e preocupante, independentemente das ideologias que saírem vencedoras em nossa próxima eleição presidencial.
Joel Mesquita é sociólogo e escrivão de Polícia Civil.
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