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Opinião
Terça - 12 de Julho de 2022 às 09:07
Por: ONOFRE RIBEIRO

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No recente evento “Famato Embrapa Show”, realizado em Cuiabá, houve muitas oportunidades de conhecimento da bravura da agropecuária em Mato Grosso.

Assisti à maioria das apresentações, especialmente aquelas dirigidas aos cenários estaduais, nacionais e internacionais.

Compreende-se que o mundo urbano oponha resistências contra aquilo que não conhece. O mundo urbano está preso dentro do velho ciclo dos giros econômico-sociais e políticos.

A própria mídia nunca se aventurou a caminhar pelos caminhos das madrugadas agitadas em tempos de plantio, de colheita, de vacinação de gado e da absoluta loucura de rotinas que são os confinamentos bovinos. Exceção para a mídia especializada que é parceira de extrema importância.

As próprias universidades públicas, na sua maioria, correm do comprometimento com o setor que segura a economia. Por puro preconceito ideológico contra o capital.

O serviço público esconde-se atrás das suas bolhas e se esquece de quem o financia. O mundo político surfa nos oportunismos do muito discurso e pouca ação efetiva.

Recentemente escrevi neste espaço que convivem muitos brasis dentro do território nacional. A maioria suga o esforço dos brasis menores que efetivamente trabalham e produzem pra sustentar os brasis públicos e corporativos.

No evento citado, o engenheiro agrônomo Anderson Galvão, consultor em planejamento estratégico nos setores agrícolas nacionais e internacionais, além dos cenários do agronegócio nacional e mundial em 2022/23, trouxe outras percepções. Uma delas foi a juventude desse setor.

Lembrou que em eventos semelhantes dos quais participa nos EUA, “um auditório como esses estaria cheio de produtores de cabeça brancas. Aqui a maioria é de cabelos pretos e uma importante minoria de cabelos brancos, que servem de referência”. O IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária tem dois levantamentos feitos em 2020 a respeito da faixa etárias dos produtores da pecuária e da agricultura em Mato Grosso.

Na pecuária, predomina com 26% os produtores de 46/55 anos; 18% os de 26/35 anos e 20% os de 36/45 anos. 38% tem menos de 45 anos.

Na agricultura, 25% de 36/45 anos; 23% de 46/55 e 56/65 e 18% de 26/35 anos. Metade tem menos de 45 anos.

Na impressão do consultor, isso representa inovações mais fáceis e melhor compreensão dos fatores novos de tecnologias e de relacionamentos com os mercados.

Fora as variáveis como as questões da sustentabilidade tão decisivas nos mercados modernos. São as gerações novas que lidarão com as pressões dos mercados no futuro, assim como com os novos protagonismos brasileiros nos mercados mundiais do agronegócio. Ponto pra nós!

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.



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