Estaremos colhendo os primeiros frutos? Alunos e pais estão despertando. Isso é uma conquista para toda sociedade

Entre a tristeza da violência e a alegria de um despertar, essa é a realidade de nossas escolas.

Se por um lado, estamos vendo os casos de atentados nas escolas chegarem em Mato Grosso, as reclamações dos pais por causa de brigas entre alunos aumentarem e os constantes casos de assédio nas escolas aparecerem; por outro, estamos vendo nossos alunos mais ativos, reclamando na coordenação das escolas por melhorias, e em alguns casos fazendo denuncia dos casos de violência nas escolas.

Nossos alunos (e seus pais) estão despertando. Isso é uma conquista para toda sociedade.

Esses casos que estão nos noticiários quase sempre nascem de alunos que procuram a coordenação escolar e estes comunicam aos pais e os órgãos competentes, ou os menores procuram os pais e estes a escola que chamam os órgãos competentes.

Quero agradecer Mato Grosso, agradecer a Seduc, pois estão investindo pesado em atividades como: Cultura da paz; Busca ativa; Mediação escolar; Prevenção a suicídio e assédio de todos os tipos.

E não estou fazendo campanha para ninguém, nem filiado a partido político sou, não me interesso por este caminho. Estou sendo justo. Estou vendo de perto este trabalho, e vejo muita gente envolvida com vontade e determinação na Seduc sede, nas DREs e escolas.

Eu creio que este despertar está acontecendo como resultado deste fazer.

Agora, não podemos parar, este trabalho precisa ser continuado ano após ano, e no futuro teremos uma sociedade melhor e mais segura para mulheres e crianças.

Vamos lá Mato Grosso, vamos ensinar nosso Brasil como é que se faz educação.

Por fim, quero deixar aqui uma sugestão, que muito irá contribuir com este fazer.

Vamos instalar câmeras em todas as escolas, dentro e fora da sala de aula, deixar gravando por 15 (quinze dias).

Isso com certeza irá tanto inibir qualquer tipo de violência, como poderá produzir provas para punir quem as pratica.

Agora, para fazer isso precisa de coragem, coragem para enfrentar o sindicato, coragem para enfrentar os poucos servidores que se sentiram "vigiados", e que para se defender levarão a Defensoria discursos como terceirização, perseguição, afronta aos direitos de privacidade e outros mais.

Precisamos de coragem para mudar essa realidade. Acredito que colocamos gente de coragem para nos representar.

Agora é hora de os cobrar.

Você também apoia está luta?

Então leve esse texto para frente e vamos lutar por uma sociedade melhor.

E que Deus nos abençoe.

Ricardo Augusto de Oliveira é servidor público da educação de Mato Grosso