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Opinião
Sábado - 12 de Agosto de 2023 às 04:38
Por: Manoela Regina Alves Corrêa Barros

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O maior fator de risco quando falamos em câncer de pulmão é o tabagismo. No cigarro existem componentes tóxicos como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, aminas aromáticas e nitrosaminas. Outros fatores são: fuligem, gases (amônia, óxido de nitrogênio, dióxido de cloro e enxofre), asbesto, arsênico, asfalto, berílio, chumbo, entre outros.

E o que todos esses fatores podem ocasionar? Eles causam a destruição celular e alterações no DNA celular que favorecem o desenvolvimento do câncer (células anormais). Algumas profissões podem favorecer a exposição a esses fatores como: encanador, eletricista, mecânico de automóvel, pintor, soldador, mineiro entre outros. Por esse motivo, é tão importante o uso do EPI para proteção individual.

Os sintomas podem variar de tosse seca, falta de ar, dor torácica até hemoptoicos (sangramento). Na presença desses sintomas, sem melhora, é essencial a avaliação médica. Exames de imagem e biópsia são necessários para o correto diagnóstico e conduta oncológica, que pode ser cirúrgica, imunoterapia, quimioterápica ou radioterápica.

A escolha do protocolo a ser adotado será baseado no estadiamento do paciente, ou seja, se a doença está em fase inicial ou avançada. A cirurgia e radioterapia podem ser feitas com o objetivo de curar o paciente, nos casos de doença avançada (ou seja, com metástases). A quimioterapia e a imunoterapia têm a função de controlar a doença.

De forma resumida, a quimioterapia tem a função de controlar a doença local e circulante no organismo, a radioterapia e cirurgia agem localmente matando ou removendo o tumor. A imunoterapia tem o objetivo de alterar o sistema imunológico de um paciente, ou seja, ajudar o próprio sistema imune a combater o câncer.

Em relação à radioterapia, o paciente se beneficia de técnicas mais modernas como o IMRT (radioterapia de intensidade modulada), que possibilitam doses tumoricidas com maior preservação dos órgãos sadios. Por enquanto ainda não estão disponíveis no SUS, porém a Sociedade Brasileira de Radioterapia está prestes a mudar a situação para benefício dos pacientes.

Ao iniciar o tratamento é fundamental acompanhar à saúde com o pneumologista, dieta saudável e até atividades físicas podem ser realizadas, desde que sejam bem toleradas. Com a informação é possível combater o câncer e propagar o perigo que o tabagismo (mesmo o cigarro eletrônico) e algumas profissões podem causar. Cuide de quem ama, cuide-se! Abraço da Dra. Manu.

Diretora Clínica e Radio-Oncologia do Hospital de Câncer de Mato Grosso, Dra. Manoela Regina Alves Corrêa Barros - CRM 6800 | RQE 4115



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