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Opinião
Segunda - 18 de Dezembro de 2023 às 04:46
Por: Gabriel Novis Neves

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Há certos dias em que tudo dá certo. A alma vibra. Para que isso venha a suceder, um conjunto de fatores concorre. Cabe-nos dar graças aos Céus!

Ontem, o que faria em vinte dias, acabei por solucionar num zás. Nesse rodopio, foram de embrulho certas coisinhas que deixei esquecidas. Agora, tudo nos trinques. Resolvido.

A esses dias em que tudo corre às mil maravilhas, eu os chamo de ‘dias da graça’

No entanto, há dias em que nada do que tencionamos fazer acontece. Muito pelo contrário. Aí não adianta praguejar contra tudo e contra todos. Há um ser superior no comando!


No volver de anos após anos, devorava dois jornais por dia. Na cidade em que fiz meu curso superior, eles circulavam nos três períodos.

Com o advento da internet, dos jornais on-line e das mídias sociais, joguei no lixo do esquecimento o hábito da leitura do horóscopo

Tendo-os à mão, já me dirigia, sem perda de tempo, à seção do horóscopo. Passava os olhos por ela e, num pronto, dela não mais queria saber.

Com o advento da internet, dos jornais on-line e das mídias sociais, joguei no lixo do esquecimento o hábito da leitura do horóscopo.

No consultório do pré-natal — isto antes da chegada da ultrassonografia —, ganhei de um representante comercial uma ‘tabelinha’ que definia o sexo do bebê.

As gestantes, quando iam às consultas, me perguntavam sobre a tabelinha do sexo da criança. Àquelas que não a conheciam, eu as informava da novidade. Imagine se não lhes era bênção! Sobretudo naquela época…

Sempre fui fascinado em saber do meu futuro. Digo-lhes mais: jamais me fez mal.

Lembro-me de que cheguei até a ganhar dois carros novos. Um, foi num sorteio da Festa de São Lucas. Outro, veio-me quando minha saúde financeira capengava. Recém-chegado à minha cidade natal, a sorte me sorriu, terceiro sorteado, num consórcio de sessenta pessoas. Ah, como vibrei!

Não creio no azar, nem mesmo conheci pessoas azaradas. Nossas conquistas são consequência de ‘quilos’ de trabalho — se é possível tê-los — e caminhões de esforço.

Estranham-me aqueles que afirmam confiar na sua ‘inteligência’, certos que o restante, eles vão levar ‘na flauta’.

Minha mãe, não por acaso, dizia em referência a esses dias em que tudo parecia soçobrar: ‘o dia está bravo’. E completava: nessa hora, toda atenção é pouca.

A vida vai respingando ora dias bons, ora dias não tão bons. O poeta popular, que tão bem vivencia esses dramas do cotidiano, a tudo resume com esta frase que nos é de todos conhecida: ‘Vida, leva eu’.

Gabriel Novis Neves é médico e ex-reitor da UFMT



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