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Em meio as ruínas, a história
O visitante desavisado assusta-se ao deparar com as ruínas fincadas no coração de Roma. Não é que a cidade não possua edificações modernosas. Estas não lhe faltam. Porém, os focos das atenções de quem chegam por aqui são bem outros. Bastantes diferentes dos traçados extraídos das pranchetas atuais.
Por isso, há todo um trabalho de restauro e de investigação arqueológica. Empreendimentos necessários e notados a cada passo que se dá pelo quadrado histórico romano. Os resultados são surpreendentes. Para bem da história e do turismo, evidentemente.
Assim, o caminhar pelas obras – ainda que seja a sua volta – dá a sensação de viver um tempo distante. Não é outra, aliás, a sensação quando se adentra ao Coliseu, por exemplo. Seu desenho e sua construção demonstram toda a técnica de um povo, que desconhecia os maquinários de hoje; mas que produziu uma obra admirável, assim como deveria ser a do Foro, pois os “pedaços” de paredes e colunas que estão à mostra dão exatamente essa certeza. Certeza que se tem, igualmente, ao passar por outros trechos permeados por pegadas antigas. São ruínas que se misturam com traçados urbanísticos impressionantes, cujo quadro se completa com edificações mais “jovens” se comparadas as de datas anteriores a elas, porém consideradas “velhas” quando relacionadas aos prédios levantados a partir do século XX. Tais edificações, as “velhas”, felizmente, estão distantes de serem consideradas arcaicas e, por conta disso, bem longe de se verem superadas pelos arcabouços modernosos ou de riscados arquitetônicos atuais.
Trata-se, então, de uma estampa fotográfica fabulosa. Supera, em muito, as expectativas. Pois a cidade – bem mais que Florença – constitui um verdadeiro “museu a céu aberto”, cuja andança pelo seu interior leva a outros de menor extensão, porém não em relevância. Afinal, nestes, pode-se encontrar esculturas e pinturas fabulosas. Rafael e Caravaggio são os nomes que se destacam, sem serem os únicos. Algumas das obras desses geniais artistas são vistas nas igrejas e meuseus, as quais se espalham por toda Roma, cujo terreno urbano também foi edificado o Vaticano – sede do Estado de igual nome e da Igreja Católica (tema do próximo artigo).
De todo modo, história e ruínas se confundem e se entrelaçam, tornando presente o passado, cujos mistérios têm muito mais a oferecer aos viajantes. Vale à pena, portanto, explorar a cidade, e extraírem-se tudo que ela pode proporcionar. Inclusive no que diz respeito à cordialidade. Os romanos são gentis, generosos e atenciosos – a exemplo do que já se disse com relação aos moradores de outras plagas européias. Turista algum fica sem a informação buscada, mesmo quando a pessoa interrogada é um policial, taxista ou transeunte.
Comportamento que engrandece, e faz da estadia um prazer. Apesar das dificuldades corriqueiras e próprias no deparar com o idioma, bem como os valores culturais distanciados do costumeiro no Brasil, onde são bastante comuns os homens se beijarem mutuamente (no rosto) ao se cumprimentar.
Roma, portanto, tem esse lado europeu. Porém, vale repetir, suas ruínas, obras e história que a tornam uma cidade do mundo.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
Por isso, há todo um trabalho de restauro e de investigação arqueológica. Empreendimentos necessários e notados a cada passo que se dá pelo quadrado histórico romano. Os resultados são surpreendentes. Para bem da história e do turismo, evidentemente.
Assim, o caminhar pelas obras – ainda que seja a sua volta – dá a sensação de viver um tempo distante. Não é outra, aliás, a sensação quando se adentra ao Coliseu, por exemplo. Seu desenho e sua construção demonstram toda a técnica de um povo, que desconhecia os maquinários de hoje; mas que produziu uma obra admirável, assim como deveria ser a do Foro, pois os “pedaços” de paredes e colunas que estão à mostra dão exatamente essa certeza. Certeza que se tem, igualmente, ao passar por outros trechos permeados por pegadas antigas. São ruínas que se misturam com traçados urbanísticos impressionantes, cujo quadro se completa com edificações mais “jovens” se comparadas as de datas anteriores a elas, porém consideradas “velhas” quando relacionadas aos prédios levantados a partir do século XX. Tais edificações, as “velhas”, felizmente, estão distantes de serem consideradas arcaicas e, por conta disso, bem longe de se verem superadas pelos arcabouços modernosos ou de riscados arquitetônicos atuais.
Trata-se, então, de uma estampa fotográfica fabulosa. Supera, em muito, as expectativas. Pois a cidade – bem mais que Florença – constitui um verdadeiro “museu a céu aberto”, cuja andança pelo seu interior leva a outros de menor extensão, porém não em relevância. Afinal, nestes, pode-se encontrar esculturas e pinturas fabulosas. Rafael e Caravaggio são os nomes que se destacam, sem serem os únicos. Algumas das obras desses geniais artistas são vistas nas igrejas e meuseus, as quais se espalham por toda Roma, cujo terreno urbano também foi edificado o Vaticano – sede do Estado de igual nome e da Igreja Católica (tema do próximo artigo).
De todo modo, história e ruínas se confundem e se entrelaçam, tornando presente o passado, cujos mistérios têm muito mais a oferecer aos viajantes. Vale à pena, portanto, explorar a cidade, e extraírem-se tudo que ela pode proporcionar. Inclusive no que diz respeito à cordialidade. Os romanos são gentis, generosos e atenciosos – a exemplo do que já se disse com relação aos moradores de outras plagas européias. Turista algum fica sem a informação buscada, mesmo quando a pessoa interrogada é um policial, taxista ou transeunte.
Comportamento que engrandece, e faz da estadia um prazer. Apesar das dificuldades corriqueiras e próprias no deparar com o idioma, bem como os valores culturais distanciados do costumeiro no Brasil, onde são bastante comuns os homens se beijarem mutuamente (no rosto) ao se cumprimentar.
Roma, portanto, tem esse lado europeu. Porém, vale repetir, suas ruínas, obras e história que a tornam uma cidade do mundo.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
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